Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 5 de maio de 2017
As bebidas energéticas são conhecidas por aumentar a disposição de quem as ingere, graças à alta quantidade de cafeína e outras substâncias como a taurina, o inositol e a glucoronolactona. No entanto, seu consumo pode trazer riscos à saúde, mesmo quando não associado a outras substâncias, como o álcool, mistura muito consumida por jovens.
Um estudo publicado recentemente no periódico científico Journal of the American Heart Association mostrou que, diferente das outras bebidas que contém cafeína, como refrigerantes de cola e até mesmo o café, os energéticos podem afetar a pressão sanguínea e a saúde do coração.
A maioria das bebidas energéticas contêm grandes quantidades de cafeína, açúcares e estimulantes, como o guaraná, o ginseng, planta chinesa com efeito energético e relaxante, a taurina, aminoácido não-essencial que possui efeito desintoxicante e é utilizado como suplemento energético, e a l-carnitina, uma substância natural que ajuda a transformar a gordura em energia. No entanto, essas substâncias possuem efeitos colaterais e contra-indicações.
“A maior preocupação é que essas vitaminas, aminoácidos e ervas são muitas vezes utilizadas em concentrações muito maiores do que na própria natureza, e os efeitos combinados especialmente com a cafeína podem ser drásticos”, disse à CNN a nutricionista clínica Katherine Zeratsky.
No estudo, os pesquisadores dividiram 18 homens e mulheres entre dois grupos. Os pesquisadores mediram a pressão sanguínea de cada um dos participantes no começo do estudo e uma, duas, quatro seis e 24 horas depois do consumo das bebidas. Com um eletrocardiograma, eles também registraram a frequência cardíaca dos voluntários. As pessoas que beberam os energéticos apresentaram um intervalo QT – o tempo em que os ventrículos do coração levam para realizar os batimentos – 10 milissegundos mais altos do que os que consumiram as outras bebidas.