Quinta-feira, 16 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2017
O empresário Marcelo Odebrecht pediu a Mônica Moura para que o marido dela, o marqueteiro João Santana, procurasse a ex-presidenta Dilma Rousseff para tentar anular provas da Operação Lava-Jato. Em delação premiada, Mônica contou que como o marido não concordou, ela própria levou o pedido a Dilma, mas que a presidenta demonstrou irritação com Marcelo e rechaçou a ideia. Mônica disse que Marcelo reclamou que Dilma não dava a devida importância aos alertas que lhe eram feito sobre o avanço da Operação Lava-Jato. O empresário afirmou que já tinha alertado a ex-presidenta petista que os pagamentos feitos pela Odebrecht a Santana no exterior a vinculariam ao caso, mas que Dilma se recusava a interferir.
“Marcelo queria que João convencesse ela naquele momento a mandar José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, a tentar invalidar o acordo de cooperação, algumas provas da Suíça que vieram naquela época, eu vou tentar explicar pelo que entendi, que tinham conseguido algumas provas e informações lá da Suíça direto para cá, mas souberam que não tinha sido feito pelo trâmite normal, que foi através do Ministério da Justiça com o Ministério da Justiça de lá. E isso poderia invalidar essas provas. Ele queria que João conversasse com Dilma, que José Eduardo tinha que entrar para invalidar essas provas”, disse Mônica.