Terça-feira, 30 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de setembro de 2015
Nessa quarta-feira, terceiro dia de greve dos servidores do Rio Grande do Sul, os serviços nas áreas da educação e da segurança pública continuaram sendo os mais prejudicados. A paralisação foi motivada pelo anúncio do novo parcelamento dos salários da categoria, que foi feito na segunda-feira pelo governador José Ivo Sartori.
Houve manifestações em frente a batalhões da BM (Brigada Militar) em Porto Alegre e no interior. Em alguns locais, familiares dos brigadianos impediam a saída de viaturas. O Comando-Geral da corporação garante que o policiamento ocorreu normalmente na capital gaúcha. A Polícia Civil registrou apenas ocorrências graves.
No Complexo Penitenciário de Charqueadas, agentes penitenciários bloquearam as vias de acesso aos principais presídios da cidade: a Pasc (Penitenciária de Alta Segurança) e a Penitenciária Estadual do Jacuí. As visitas aos presos ficaram restritas.
Na área da educação, o Cpers/Sindicato estima que mais de 90% das instituições de ensino estaduais estejam fechadas em todo o RS. As aulas devem ser retomadas na sexta-feira.
Agências bancárias
O juiz do Trabalho substituto Vinícius Daniel Petry, da 3 Vara do Trabalho de Porto Alegre, fixou, nessa quarta-feira, multa de 100 mil reais por agência ou posto de atendimento bancário que abrir as portas ao público nos dias em que não houver policiamento ostensivo. O valor das multas aplicadas deverá ser revertido ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos.
No fim da tarde de segunda-feira, o desembargador Marcelo José Ferlin D’Ambroso, da 1 Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Regional do Trabalho da 4 Região, acatou um mandado de segurança impetrado pela categoria dos bancários, determinando que as agências do Estado não funcionem nos dias em que não houver policiamento ostensivo, para a segurança dos trabalhadores. Conforme a decisão, a eficácia da medida fica condicionada à prévia comunicação oficial da Brigada Militar ou da associação dos militares quanto aos dias de aquartelamento, e à inexistência de força pública federal supletiva.
Comunicado
Nove instituições bancárias – Banco do Brasil, Banrisul, Itaú/Unibanco, Safra, Santander, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC e Sicredi – foram notificadas a respeito da determinação da Justiça do Trabalho. E, também, sobre a multa estabelecida em caso de descumprimento da decisão.