Segunda-feira, 07 de outubro de 2024
Por Flavio Pereira | 15 de abril de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Depois do ex-governador Sérgio Cabral (que chegou a acumular mais de 400 anos de prisão e devolver R$ 380 milhões, parte do que obteve em crimes confessados de corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e outros), agora o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha que também saiu da prisão, tem o mesmo projeto: ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2026. Mesmo sem mandato, ele se mantém ativo nos bastidores de Brasília, em articulação de projetos de lei e estratégias para políticos do seu grupo. Cunha disse à rede CNN que está entusiasmado com a possibilidade de voltar à Câmara:
– Com certeza absoluta, estarei nas urnas em 2026, só não sei por onde. Não sei se será São Paulo, Rio de Janeiro, e por qual partido será ainda”.
Em 2021, delação de Cabral chegava ao TSE
Sergio Cabral já tirou o sono de ministros do STF. Em maio de 2021, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por maioria de votos, anular a homologação do acordo de delação premiada de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro. Os ministros acolheram um pedido da PGR (Procuradoria-geral da República) contra o acordo, que foi fechado entre Cabral e a PF (Polícia Federal). O placar ficou em 7 votos a 4 pela anulação. Entre outras acusações, Cabral afirmou que o ministro Dias Toffoli recebeu propina em troca de decisões judiciais quando presidiu o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) entre 2014 e 2016. O próprio Dias Toffoli votou em seu favor, pela anulação da homologação, não se dando por impedido.
Sebastião Melo anuncia hoje seu rumo politico
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, convocou aliados para um encontro ao meio-dia desta segunda-feira, quando vai anunciar a disposição de ser pré-candidato à reeleição, e sinalizar para as alianças que terá nesta empreitada.
PL prepara indicação
O PL, aliado do prefeito desde o convite ao vice Ricardo Gomes (que recentemente pediu desfiliação do partido), deverá indicar outro nome para a vaga de candidato a vice. O nome ainda depende de articulações que o presidente do PL de Porto Alegre, o deputado federal Zucco vem desenvolvendo.
PP quer entrar no páreo
De olho na vaga de vice, o PP ignorou a preferência do PL e fez um movimento nos últimos dias, fortalecendo o nome da deputada estadual e ex-presidente da Assembleia, Silvana Covatti.
Lulinha, segundo a ex-mulher: “se você pedir uma medida protetiva, sua vida vai acabar. Meu pai liga na hora para o juiz”
A deputada Ana Pimentel (PT-MG) que preside a Comissão de “Defesa da Mulher” da Câmara dos Deputados, recusou incluir na pauta da Comissão uma simples moção de repúdio à agressão de “Lulinha”, filho de Lula, à sua mulher, a médica Natália Schincariol ocorrido há duas semanas. Na denuncia que registrou na Policia civil, ela , de 29 ano. No registro, ela relatou que além de agredida fisicamente, foi ofendida com palavras como doente mental, vagabunda e louca. A médica diz que foi pressionada por Luis Claudio para não fazer a denúncia, mas criou coragem e registrou um boletim de ocorrência por violência doméstica contra o ex-companheiro. Reina silêncio em todos os movimentos feministas e de proteção à mulher. Um Medida protetiva da Justiça proíbe que Luiz Cláudio se aproxime da ex-mulher. Ontem, a ex-mulher de Lulinha entregou novas provas à Polícia, e declarou:
-Ele falava aquelas coisas do pai dele: ‘se você pedir uma medida protetiva, sua vida vai acabar. Meu pai liga na hora para o juiz’”, diz Natália.
Miki Breier, ex-prefeito de Cachoeirinha. Lembram?
Um vídeo postado pelo ex-prefeito Miki Breier, mostra que após três anos desde o seu afastamento da Prefeitura de Cachoeirinha sob suspeita de corrupção em contratos de limpeza urbana, ele ainda não é réu em nenhum processo criminal. Ele foi deputado estadual por três mandatos, e prefeito, reeleito em Cachoeirinha em 2020. Miki foi alvo nas operações Proximidade e Ousadia, deflagradas em 2021 pelo Ministério Público estadual, com autorização do Tribunal de Justiça. Em razão destas diligências, Miki foi afastado por um ano do cargo de prefeito em investigação sobre “corrupção ativa e passiva, responsabilidade, desvio de verbas públicas, dispensa indevida de licitação, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa”, e suposta reincidência nestes crimes. Mesmo não sendo réu, atualmente encontra-se inelegível, por oito anos a contar de 2022, mas em razão de condenação na justiça eleitoral, pelo suposto pagamento de benefícios a servidores em período vedado pela legislação eleitoral. Miki lembra:
-Um principio constitucional no Brasil diz que todo mundo é inocente, até que se prove em contrário. Até este momento, quase três anos depois, não há nenhum processo criminal contra mim, nenhuma acusação recebida formalmente.
Onyx Lorenzoni, enigmático
O ex-ministro Onyx Lorenzoni tem reafirmado que “podem contar comigo para unir”, sintonizado com o alerta que repetidamente tem sido dado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro,sobre as divisões que têm ocorrido na direita. Com um patrimônio de 2,8 milhões de votos conquistados na ultima eleição para o governo do Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni, que atualmente está em Portugal concluindo uma pós-graduação, e, desenvolvendo um trabalho de articulação da direita européia, tem sido enigmático sobre o seu futuro político:
– O meu futuro, eu só decidirei após conversar com o capitão”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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