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Por Redação O Sul | 12 de setembro de 2016
Relações sexuais frequentes e satisfatórias aumentam o risco de crise cardíaca entre os homens mais velhos, mas, ao contrário, o orgasmo é benéfico para as mulheres de mais idade, revela um novo estudo.
“Esses resultados questionam a ideia difundida de que as relações sexuais melhoram a saúde de todos sem distinção de sexo”, destaca Hui Liu, professora adjunta de sociologia na Universidade de Michigan (EUA), principal autora da pesquisa, a mais ampla realizada até agora sobre o tema.
Os pesquisadores analisaram os dados de um estudo realizado com 2.204 pessoas de ambos os sexos de mais de 57 anos nos Estados Unidos. Os trabalhos, financiados pelo governo federal, foram publicados no Journal of Health and Social Behavior.
Os participantes do estudo tinham entre 57 e 85 anos no momento dos primeiros resultados da pesquisa em 2005-2006. Os dados suplementares foram obtidos cinco anos mais tarde.
Risco cardiovascular.
O risco cardiovascular foi medido a partir de dados de hipertensão, ritmo cardíaco acelerado e a taxa de uma proteína no sangue, a chamada C-reativa, que mede o nível de inflamação do organismo.
Os autores também levaram em conta o número de crises cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e de insuficiências do coração nos diferentes grupos.
Problemas cardiovasculares masculinos.
Os homens mais velhos que tinham relações sexuais uma ou mais vezes por semana, conclui o estudo, tiveram nos cinco anos o dobro de acidentes cardiovasculares que os que estavam sexualmente inativos. Essa diferença de risco não foi constatada entre as mulheres.
Segundo Hui, esses resultados sugerem que o estresse e os esforços de uma relação sexual são mais severos com a idade para os homens uma vez que eles têm cada vez menos energia e mais dificuldade para ter uma ereção e alcançar o orgasmo.
A diminuição das taxas de testosterona e o uso de medicamentos para contornar as disfunções sexuais também poderiam contribuir para os problemas cardiovasculares masculinos, destacam os pesquisadores.
Risco menor de hipertensão
em mulheres.
Ao contrário, as mulheres do mesmo grupo de idade que têm orgasmos intensos – ou simplesmente satisfatórios – reduziram claramente seu risco de hipertensão cinco anos depois do início do estudo em relação às que não tinham orgasmos. (AE)