Segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de fevereiro de 2025
A atriz precisou reaprender a andar e falar, e enfrentou problemas pessoais, o que incluiu o divórcio de seu então marido
Foto: Instagram/Sharon StoneSharon Stone desabafou sobre o derrame quase fatal que sofreu em 2001, um episódio que transformou profundamente sua vida. A atriz, que precisou reaprender a andar e falar, enfrentou desafios físicos e emocionais enquanto lidava com os efeitos devastadores do acidente vascular cerebral (AVC). Durante o período de recuperação, ela também passou por dificuldades pessoais, incluindo o divórcio de seu então marido, o jornalista Phil Bronstein, o que tornou o processo ainda mais desafiador.
Em um discurso emocionado ao American Heart Association (AHA), a atriz declarou: “Saí daquele hospital com 18% da minha massa corporal perdida, arrastando meu pé direito, incapaz de escrever meu próprio nome. Agora estou aqui apresentando este evento de gala, de pé, usando salto de 12 centímetros. Eu consegui. E você também pode conseguir.” As palavras de Sharon ressoam com um forte testemunho de superação, simbolizando a força necessária para enfrentar a adversidade, recuperar-se fisicamente e emocionalmente, e continuar seguindo em frente.
A atriz, que sofreu o AVC aos 43 anos, abriu o coração sobre ter perdido tudo durante esse problema de saúde. “Quero dizer às pessoas: ‘Você pode superar isso’. Quero que olhem para mim e saibam que eu tinha um marido me abandonando, pessoas brigando para tirar tudo de mim, um banco que levou US$ 18 milhões (cerca de R$ 105 milhões), todas as minhas economias de uma vida. Eu não tinha nada. Nenhum dinheiro. Nenhuma carreira. Fiquei na miséria, com 1% de chance de sobrevivência.” A frase reflete a magnitude dos desafios que enfrentou, não apenas fisicamente, mas também em termos financeiros e pessoais, o que tornou sua recuperação ainda mais difícil.
Além disso, Sharon Stone criticou duramente a falta de acompanhamento médico adequado para pacientes em processo de recuperação de um derrame. “Quando isso aconteceu comigo, não havia um programa que me ajudasse a voltar a andar. Não havia uma reabilitação para tratar minha gagueira. Não havia nenhum acompanhamento, e certamente, as seguradoras estavam nos ferrando de todos os lados. Não havia seguro para me ajudar. Não havia nada. E tenho certeza de que hoje há ainda menos.” Ela compartilhou sua frustração com o sistema de saúde, que, na época, não oferecia o suporte necessário para que pacientes como ela pudessem se recuperar adequadamente.
Sharon também revelou que, quando sofreu o derrame, ficou sozinha no chão por três dias sem receber ajuda, uma experiência angustiante. “Se seu rosto começar a cair ou ficar dormente de alguma forma, se seu braço parecer estranho ou dormente, se sua fala estiver esquisita, se você disser algo diferente do que queria dizer ou se sua fala sair arrastada: você não tem tempo. Chame uma ambulância. Não pergunte a amigos. Não pergunte ao seu marido ou a outra pessoa: ‘O que você acha que eu deveria fazer?’. Ligue para a emergência, sem hesitação.”
Ela detalhou ainda a solidão e a frustração que sentiu naqueles momentos, dizendo: “Eu liguei para pessoas. Elas desligaram na minha cara, me deixaram no chão, não me ajudaram. Fiquei sozinha no chão por três dias. Chame uma ambulância e vá para o hospital. Se precisar, vá para o meio da rua e acene os braços. Não hesite.” Essas palavras revelam a dor de enfrentar uma situação tão extrema sem o apoio necessário, reforçando a importância de agir rapidamente em casos de derrame, quando cada segundo conta.