Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de maio de 2025
A China enviou uma nova equipe de astronautas à sua estação espacial, a joia da coroa do programa de Pequim para competir com os Estados Unidos neste setor. O gigante asiático investiu bilhões de dólares no “sonho espacial”, como o denomina o presidente Xi Jinping, e pretende enviar nesta década uma missão tripulada à Lua e, posteriormente, construir uma base no satélite.
Para alcançar essa meta, são cruciais os experimentos realizados na estação espacial Tiangong, ocupada por tripulações de três astronautas que se revezam a cada seis meses. A mais recente missão, Shenzhou-20, decolará na quinta-feira às 17h17 no horário local do centro de lançamento de Jiuquan, no noroeste do país, segundo a agência espacial responsável pelos voos tripulados (CMSA).
A equipe será comandada por Chen Dong, de 46 anos, que viaja ao espaço pela terceira vez, após se tornar, em 2022, o primeiro chinês a passar mais de 200 dias em órbita. Sob seu comando estarão os astronautas Chen Zhongrui, ex-piloto das forças aéreas de 40 anos, e o engenheiro em tecnologia espacial Wang Jie, de 35 anos, que estreiam em uma missão espacial.
— Estou prestes a realizar meu sonho de voar para o espaço — declarou Chen Zhongrui em uma entrevista coletiva para apresentar os astronautas.
A nova equipe dará continuidade aos experimentos físicos e biológicos no espaço. Pela primeira vez, levará para a órbita planária, um tipo de verme aquático plano conhecido por suas capacidades regenerativas. Também instalará equipamentos de proteção contra detritos espaciais, realizará caminhadas espaciais, reabastecerá suprimentos e se encarregará de tarefas de manutenção geral.
Durante alguns dias, os novos astronautas conviverão com os membros da missão anterior.
Progredindo rumo à Lua
Durante uma visita organizada pelo governo ao centro espacial, os jornalistas puderam ver o foguete instalado em uma torre de lançamento azul celeste, rodeada por bandeiras vermelhas.
O programa espacial chinês é o terceiro a colocar humanos em órbita. Também enviou sondas a Marte e à Lua, em seu esforço para reduzir a distância em relação às potências tradicionais nesse campo, Estados Unidos e Rússia.
Seus grandes objetivos agora são enviar astronautas chineses à Lua e construir uma base na superfície do satélite terrestre. — A pesquisa e o desenvolvimento da missão tripulada chinesa à Lua estão progredindo de forma geral e estável — afirmou a CMSA.
A estação espacial Tiangong, cujo nome significa “palácio celestial” em chinês, é a joia da coroa. O país asiático está excluído da Estação Espacial Internacional desde 2011, quando os Estados Unidos proibiram a NASA de colaborar com Pequim. As informações são do portal O Globo.