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Mundo Susto do ar: turbulência durante voo entre Rio e Estados Unidos deixa feridos

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A United Airlines não descreveu a natureza dos ferimentos dos passageiros e tripulantes. (Foto: Getty Images)

Uma forte turbulência atingiu um voo da United Airlines que fazia a rota entre o Rio de Janeiro e Houston, no Estado americano do Texas, nessa segunda-feira (19).

A companhia aérea informou que dois passageiros e três tripulantes sofreram “ferimentos leves” e foram levados a um hospital logo após o voo pousar no Aeroporto Intercontinental George Bush, em Houston. A United Airlines não descreveu a natureza dos ferimentos.

“O voo 128 da United encontrou uma turbulência inesperada durante a rota para Houston. Na chegada, dois passageiros e três tripulantes foram recebidos por um equipe médica e levados para um hospital local com ferimentos leves”, disse a companhia em comunicado. “Somos gratos à nossa equipe por seus esforços para garantir a segurança de nossos funcionários e clientes.”

No último domingo (18), 11 pessoas ficaram gravemente feridas após o avião que fazia um voo da companhia Hawaiian Airlines entre Phoenix, nos Estados Unidos, para Honolulu enfrentar forte turbulência pouco antes do pouso no Havaí.

Ao todo, 36 pessoas receberam atendimento médico com cortes, hematomas e quadro de náuseas, segundo autoridades. Vinte pessoas foram levadas para hospitais, incluindo 11 em estado grave.

Sobre

Turbulência é o movimento irregular do fluxo de ar que pode acarretar agitações ascendentes e descendentes sobre uma aeronave em voo. Ela pode ser classificada em três tipos: mecânica, esteira de turbulência e térmica.

1) Mecânica: a turbulência mecânica é causada pelo fluxo do vento através de uma estrutura sólida (montanha, prédios, hangares dos aeroportos, morros etc).

Em regiões de planaltos, o relevo pode contribuir para a ocorrência de “circulação de montanha” que pode disparar processos de convecção profunda e gerar turbulência orográfica.

A turbulência orográfica surge do atrito do ar ao soprar contra elevações montanhosas, ou seja, é uma forma de turbulência mecânica.

A intensidade desse fenômeno depende muito da direção e da magnitude do vento, da rugosidade do terreno, da altura do obstáculo e da estabilidade do ar. Quanto mais perpendicular à barreira do vento, mais acentuados serão os seus efeitos. De igual maneira, quanto maior a magnitude do vento, mais fortes serão seus efeitos a sotavento.

Os ventos fortes fazem com que os efeitos da turbulência sejam mantidos a maior distância.

Para que uma aeronave possa evitar os efeitos de turbulência de montanha, é recomendado cruzar a barreira a uma altura de 2,5 vezes a elevação da montanha. Por exemplo: Uma montanha que mede 1.000 metros de altura teria que ser cruzada a uns 2.500 metros de altura.

Nas nuvens barlavento, as aeronaves devem encontrar aumento de altitude (ganho de sustentação) e, a sotavento ,perda de altitude.

A barlavento da montanha o ar é forçado a subir, enquanto a sotavento, desce e estende seu efeito para baixo sobre o vale, sob a forma de ondas que podem se propagar por vários quilômetros, sendo as ondas mais próximas à montanha as mais turbulentas.

2) Esteira de turbulência: também chamada de Wake Vortex Turbulence. É o fenômeno resultante da passagem da aeronave através da atmosfera, caracterizado pela ocorrência de vórtices contra rotativos gerados nas pontas das asas. Os vórtices de aeronaves de maior porte representam perigo para a segurança da operação de aeronaves de menor porte.

A força do vórtice é determinada pelo peso, velocidade e forma da asa da aeronave geradora.

Quando estão operando a velocidades mais baixas (20 a 50 nós), helicópteros também podem ocasionar esteiras de turbulência. Dependendo do tamanho do helicóptero, a esteira de turbulência gerada por eles, pode ter força semelhante a esteira gerada por aeronaves de asa fixa de peso similar. A maioria dos acidentes que envolvem helicópteros e pequenos aviões ocorrem quando pequenas aeronaves estão decolando ou pousando enquanto os helicópteros estão pairando perto da pista ou voando no circuito. A esteira de turbulência gerada por helicópteros varia de acordo com as manobras que são realizadas em voo.

Os três efeitos básicos da esteira de turbulência sobre as aeronaves são: o balanço violento, a perda de altura ou de velocidade ascensional e os esforços de estrutura. O perigo maior é o balanço violento da aeronave que penetra na esteira até um ponto que exceda sua capacidade de comando para resistir a esse efeito. Se o encontro com o vórtice ocorrer na área de aproximação, seu efeito será maior pelo fato de a aeronave que seguir atrás se encontrar numa situação crítica com relação à velocidade, empuxo, altitude e tempo de reação.

3) Térmica: a turbulência térmica é causada pelo aquecimento solar da superfície, que por sua vez aquece a atmosfera inferior, resultando em correntes convectivas irregulares.

As correntes descendentes fazem com que a aeronave seja desviada para baixo de sua trajetória normal, podendo ocasionar um toque na pista de pouso e decolagem antes do ponto desejado (undershoot).

As correntes ascendentes forçam a aeronave para cima de sua trajetória normal de pouso, resultando num toque além do ponto desejado (overrun).

 

 

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https://www.osul.com.br/susto-do-ar-turbulencia-durante-voo-entre-rio-e-estados-unidos-deixa-feridos/ Susto do ar: turbulência durante voo entre Rio e Estados Unidos deixa feridos 2022-12-19
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