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Geral Tenente-coronel Mauro Cid não contesta honestidade da Polícia Federal, do Supremo e da Procuradoria-Geral da República, diz sua defesa

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Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro disse que não sofreu pressão de autoridades no processo da delação. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid disse na quinta-feira (21) que os áudios publicados pela revista Veja “parecem clandestinos” e não atestam o conteúdo com críticas à conduta do STF (Supremo Tribunal Federal), da PGR (Procuradoria-Geral da República), ou da PF (Polícia Federal). Ao mesmo tempo, os advogados dizem que os áudios “não passam de um desabafo” em um “difícil momento” de angústia para o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Leia a íntegra da nota divulgada pelos advogados de Cid: “A defesa de Mauro César Barbosa Cid, em razão da matéria veiculada pela revista Veja, nesta data, vem a público afirmar que: Mauro César Babosa Cid em nenhum momento coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República ou do Supremo Tribunal Federal na condução dos inquéritos em que é investigado e colaborador, aliás, seus defensores não subscrevem o conteúdo de seus áudios. Referidos áudios divulgados pela revista Veja, ao que parecem clandestinos, não passam de um desabafo em que relata o difícil momento e a angústia pessoal, familiar e profissional pelos quais está passando, advindos da investigação e dos efeitos que ela produz perante a sociedade, familiares e colegas de farda, mas que, de forma alguma, comprometem a lisura, seriedade e correção dos termos de sua colaboração premiada firmada perante a autoridade policial, na presença de seus defensores constituídos e devidamente homologada pelo Supremo Tribunal Federal nos estritos termos da legalidade”, diz o comunicado assinado pelos advogados Cezar Roberto Bitencourt, Vânia Adorno Bitencourt e Jair Alves Pereira.

Sem pressão

Na sexta-feira (22), em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), Cid confirmou o que disse em sua delação premiada. Cid também disse que não sofreu pressão de autoridades no processo da delação.

O ex-ajudante de ordens deu depoimento para explicar áudios gravados por ele e que se tornaram públicos após reportagem da revista Veja. Nos áudios, Cid diz que a Polícia Federal, nas audiências da delação, queria que ele desse uma determinada versão dos fatos. “Queriam que eu [Cid] falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu”. Ele também criticou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator do caso.

Cid é tenente-coronel e uma das pessoas mais próximas de Bolsonaro durante o mandato do ex-presidente. Cid é investigado, assim como Bolsonaro e outros políticos e militares, em inquéritos que investigam tentativa de golpe de Estado e fraude em cartões de vacina.

Quando concordou com a delação premiada, Cid estava preso preventivamente. Pelas regras da delação, ele se comprometeu a contar o que sabe em troca da diminuição de uma eventual pena. Em seguida, ele foi solto e pôde ser investigado em liberdade.

Mas, ao gravar os áudios, Cid desobedeceu regras da delação, como fazer comentários sobre o acordo, que está em sigilo. O STF também entendeu que ele tentou obstruir a Justiça ao fazer as gravações. Por isso, ele foi preso após o depoimento de sexta.

“Diante da necessidade de afastar qualquer dúvida sobre a legalidade, espontaneidade e voluntariedade da colaboração de Mauro César Barbosa Cid, que confirmou integralmente os termos anteriores de suas declarações, torno pública a ata de audiência realizada para a oitiva do colaborador”, escreveu Moraes. As informações são do site Poder 360 e do portal de notícias G1.

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