Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de janeiro de 2022
Em pouco mais de dois anos, o tratamento da covid-19 evoluiu bastante. Atualmente, existem remédios testados e aprovados para todas as fases da doença — desde os quadros mais leves e iniciais até os mais graves e avançados.
O problema é que boa parte desses medicamentos não está disponível no País, apesar de já serem utilizados em larga escala em outras partes do mundo.
Veja a seguir que tratamentos são esses, como eles funcionam e por que ainda não estão disponíveis no Brasil.
Antivirais
Em linhas gerais, esses remédios impedem a replicação do coronavírus no organismo. Com isso, o patógeno deixa de invadir as células e há menos probabilidade de o quadro infeccioso se agravar e necessitar de suporte hospitalar.
Até o momento, três medicações desse grupo já foram testadas e aprovadas em vários países: o remdesivir (da farmacêutica Gilead Sciences), o paxlovid (Pfizer) e o molnupiravir (MSD).
Por ora, o único deles que está liberado no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o remdesivir.
Esse fármaco é administrado em dose única, dada através de uma infusão intravenosa (na veia).
Até o final do ano passado, o remédio da Gilead era oferecido aos pacientes numa fase mais avançada da doença. Mas os resultados obtidos eram questionáveis — e existia até uma discordância sobre a indicação dele, com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos sugerindo o uso do remdesivir, enquanto a OMS não fazia essa mesma recomendação.
A classe dos antivirais é composta de outras duas opções além do rendesivir: o paxlovid e o molnupiravir.
Uma grande vantagem deles é o fato de serem comprimidos, que podem ser tomados em casa, sem necessidade de ir até uma clínica de infusão ou um hospital.
Embora já sejam aprovados e utilizados na prática em locais como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália, não existem perspectivas claras de quando o paxlovid ou o molnupiravir chegarão ao Brasil.