Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de maio de 2025
Trump afirmou que tem uma "relação especial" com o TikTok depois que o aplicativo o ajudou a se conectar com eleitores jovens.
Foto: ReproduçãoO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que poderá estender o prazo de 19 de junho para que a ByteDance, dona do TikTok e com sede na China, venda os ativos do aplicativo nos EUA, caso não haja um acordo até lá.
“Eu gostaria que isso fosse resolvido”, disse Trump em entrevista gravada na sexta-feira (3) ao programa “Meet the Press with Kristen Welker”, da NBC News.
Trump afirmou que tem uma “relação especial” com o TikTok depois que o aplicativo o ajudou a se conectar com eleitores jovens durante a campanha presidencial de 2024.
No início de abril, Trump havia adiado em 75 dias o limite para a ByteDance vender a operação do TikTok no país a um comprador não chinês.
“Uma transação requer mais trabalho para garantir que todas as aprovações necessárias sejam assinadas, por isso assino uma ordem executiva para manter o TikTok em funcionamento por mais 75 dias”, escreveu Trump em sua plataforma social Truth Social.
Os senadores democratas argumentam que Trump não tem autoridade legal para prorrogar o prazo e sugerem que o acordo que estava sendo considerado não cumpriria os requisitos legais.
Uma fonte próxima dos investidores norte-americanos da ByteDance disse, no mês passado, que o trabalho sobre o possível acordo continua até o prazo de 19 de junho, mas que a Casa Branca e Pequim teriam de resolver primeiro a disputa sobre as tarifas.
Trump disse à NBC News que a China estava interessada em chegar a um acordo, citando o impacto que as tarifas de 145% sobre os produtos chineses estavam a ter na sua economia. O presidente afirmou que não iria baixar as tarifas para levar Pequim à mesa das negociações, mas que poderia eventualmente baixá-las como parte de um acordo mais amplo.
“Em algum momento, vou reduzi-las, porque nunca se poderia fazer negócios com eles de outra maneira. E eles querem muito fazer negócios”, disse.
Entenda
A lei exigia que o TikTok deixasse de funcionar até 19 de janeiro, a menos que a ByteDance tivesse concluído a venda dos ativos do aplicativo nos EUA. Trump iniciou o seu segundo mandato como presidente no dia 20 de janeiro e optou por não aplicar o banimento. Primeiro, prorrogou o prazo até ao início de abril e, no mês passado, novamente até 19 de junho.
O futuro do TikTok nos Estados Unidos é incerto desde que uma lei sancionada pelo Congresso em 2024 determinou que a chinesa ByteDance, proprietária do aplicativo, encontrasse um comprador para que ele continuasse funcionando no país.
O prazo inicial era 19 de janeiro, um dia antes de Donald Trump assumir a presidência. O TikTok chegou a suspender suas atividades nos Estados Unidos, mas voltou ao ar quando Trump decidiu adiar a aplicação da lei por dois meses e meio.
As negociações lideradas pela Casa Branca envolvem uma eventual redução da propriedade chinesa sobre o TikTok para menos de 20%, conforme exigido pela lei, de acordo com a Reuters. O governo dos EUA alega que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional. A ByteDance sempre negou essa acusação.
O argumento, no entanto, motivou a elaboração da legislação que baniria o aplicativo no país caso ele não fosse vendido.
Os EUA temem que a China use as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. A ByteDance, dona do TikTok, por sua vez, sempre negou a acusação. Com informações dos portais de notícias CNN Brasil e g1.