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Brasil Um empreiteiro disse ter ouvido relato sobre conta usada por petistas no exterior

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Gerson Almada, da Engevix, em depoimento a Sérgio Moro. (Foto: Reprodução)

O ex-sócio da empreiteira Engevix, Gerson Almada, afirmou em depoimento que ficou sabendo de uma suposta conta de propina na Espanha, controlada pelo operador Milton Pascowitch, que beneficiaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro José Dirceu.

O juiz Sérgio Moro levantou o sigilo do depoimento, prestado na metade do ano, na sexta-feira (1º). Almada confirmou, ainda, conteúdo de acusação contra Dirceu ao dizer que firmou contratos falsos com a empresa de comunicação Entrelinhas para pagar propina ao ex-ministro.

Segundo o ex-executivo, a Engevix transferiu R$ 900 mil para a Entrelinhas entre 2011 e 2012.

A denúncia, oferecida em maio pelo Ministério Público, ainda não foi recebida por Moro. Assim, Dirceu, por enquanto, não é réu nesta ação.

Gerson Almada pediu para falar antes de o magistrado decidir se coloca ou não os investigados no banco dos réus. Além do executivo e de Dirceu, são acusados Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro; João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT; e Walmir Pinheiro Santana, ex-executivo da UTC.

Almada também disse que mantinha uma “conta corrente” desde 2005 com Pascowitch, utilizada para pagar propina a agentes públicos, políticos e partidos –entre eles, Dirceu.

Ele afirmou, ainda, que o operador disse, em certa ocasião, que “viajaria de trem para Madri/Espanha para ‘olhar a conta’ que ele ‘administrava’ para ‘pessoas do PT'”. O ex-executivo teria entendido que essas pessoas seriam Lula e Dirceu.

Em relação a Lula, “entendeu naquele sentido porque quando da assinatura do contrato entre a Ecovix – Engevix Construções Oceânicas S. A. e a PNBV Petrobras Netherland B.V. Milton Pascowitch justificou comissão pedida no sentido de que parte seria destinada para a aposentadoria do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva”.

Ele afirma não ter provas sobre a conta administrada por Pascowitch em suposto benefício dos petistas, mas entregou documentos às autoridades sobre o suposto pagamento de US$ 10 milhões para o lobista, nos Estados Unidos, em 2014.

O executivo da Engevix compareceu à Polícia Federal espontaneamente no dia 4 de julho deste ano com o fim de colaborar com as investigações.

Outro lado

Em nota, a defesa de Lula afirma que “essa é mais uma peça de ficção que integra o sistema de delações premiadas a ‘la carte’ que vem se tornando uma marca da Operação Lava-Jato” e que o ex-presidente nunca recebeu valor indevido da Engevix.

“O próprio depoente reconheceu que não tem qualquer prova contra Lula, deixando evidente que a referência ao nome do ex-presidente foi artificialmente construída para manter a delação premiada já homologada pelo juiz Sérgio Moro.”

A defesa de Dirceu afirma que está estudando os próximos passos.

O advogado Roberto Podval diz que o depoimento de Almada contraria as declarações de Pascowitch.

“Nesse caso sua delação deve ser anulada e suas consequências também. Isso interfere diretamente na condenação de José Dirceu.”

 

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https://www.osul.com.br/um-empreiteiro-disse-ter-ouvido-relato-sobre-conta-usada-por-petistas-no-exterior/ Um empreiteiro disse ter ouvido relato sobre conta usada por petistas no exterior 2017-12-02
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