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Porto Alegre Um prédio na Zona Norte de Porto Alegre receberá infectados por coronavírus que não têm condições adequadas para o isolamento social

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Centro de acolhimento está sendo montado em edifício onde funcionou uma escola. (Foto: Cesar Lopes/PMPA)

Nos próximos dias, Porto Alegre vai ganhar uma unidade denominada Cais (Centro de Acolhimento e Isolamento Social), destinada a cidadãos de baixa renda que tenham recebido teste positivo para coronavírus, apresentem sintomas leves e não tenham condições de se isolarem de forma adequada. A iniciativa é uma parceria entre a prefeitura e a Fundação Itaú para Educação e Cultura.

O local escolhido é o prédio da antiga Escola Estadual Marechal Mallet, na Vila Jardim (Zona Norte), com capacidade para abrigar inicialmente 100 pessoas. Esse contingente, entretanto, poderá ser duplicado. O terreno onde funcionava a instituição de ensino pertence ao Município.

A capital gaúcha é a primeira cidade do Sul do País a receber o projeto, que já tem outros dois centros de acolhimento em São Paulo e ainda será implementado em outros Estados.

Na tarde desta segunda-feira, 13, o prefeito Nelson Marchezan Júnior, acompanhado do secretário municipal da Saúde, Pablo Stürmer, e do adjunto, Natan Katz, vistoriou o andamento das obras.

“A parceria com a iniciativa privada é muito importante neste momento da pandemia”, frisou o prefeito Nelson Marchezan Júnior. “A união de esforços no combate à Covid-19 vai permitir que a gente consiga desafogar o SUS [Sistema Único de Saúde], evitar que o vírus se propague e salvar mais vidas.”

O secretário Pablo Stürmer explica que os pacientes serão encaminhados pelas unidades de saúde de Porto Alegre: “É uma iniciativa importante no sentido de possibilitar atendimento adequado a quem não tem condições de cumprir o isolamento social em casa”.

Funcionamento

O Cais vai funcionar 24 horas, e os residentes terão apoio de uma equipe de assistentes sociais, enfermeiros, cuidadores e monitores, e acompanhamento médico via telemedicina. Também receberão roupas e cinco refeições por dia.

Custeado pela Fundação Itaú, o projeto integrará o Plano Emergencial de Proteção Social, conjunto de ações que a prefeitura organiza para minimizar os efeitos sociais causados pela pandemia.

De acordo com o coordenador regional do projeto, Marcos Soares, o centro não vai atender como equipamento de saúde, mas como local de acolhimento temporário:

“A ideia do projeto é criar um apoio para os casos em que o paciente não precise ir ao hospital ocupar um leito, mas, por questões de vulnerabilidade social, não tenha um local adequado para fazer o isolamento. Durante o período de risco de transmissão, ele ficará recebendo todo o suporte necessário”.

A casa está passando por reforma da estrutura e adequação para atender os pacientes a partir do dia 20 de julho. O custo total do projeto é de R$ 3,5 milhões, que serão subsidiados pelo Itaú Unibanco, assim como todas as equipes que irão trabalhar no novo espaço. O acordo de cooperação tem validade de três meses, podendo ser prorrogado. O Instituto Renascer será responsável pela gestão da casa.

“Já temos uma parceria importante da prefeitura de Porto Alegre com os residenciais terapêuticos, e agora vamos administrar o Cais e dar o atendimento e apoio aos que precisam neste momento”, acrescentou o presidente do Instituto Renascer, Thiago Franklin Flores.

O prefeito agradeceu o empenho de todos os envolvidos no projeto: “Esta escola, aqui neste local agradável, com bastante espaço, área verde e uma pracinha, vai ser transformada na extensão da casa das pessoas durante o período de contaminação e depois ficará de benfeitoria para a capital gaúcha”.

Requisitos

– Teste RT-PCR positivo;

– Não ter possibilidade de isolamento adequado em casa;

– Ser encaminhado por um profissional de saúde;

– Residir com pessoas do grupo de risco ou com idosos;

– Residir com pessoas com comorbidades: HIV, tuberculose, gestantes e lactentes, obesos, cardiopatas, diabéticos, hipertensos, com insuficiência renal grave ou outras doenças relacionadas à imunossupressão, câncer e DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica).

(Marcello Campos)

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