Quarta-feira, 02 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 27 de julho de 2022
O governo brasileiro não tem planos de realizar uma imunização em massa contra a varíola dos macacos. A doença foi declarada no sábado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como de emergência pública de interesse internacional. O objetivo no momento é disponibilizar vacinas suficientes para os profissionais de saúde. A compra está sendo negociada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço da OMS nas Américas.
Fontes no Ministério da Saúde esclarecem que a imunização em massa não está no radar de nenhum país e que a vacina é produzida por um único laboratório, o Bavarian Nordic, que não teria escala para produzir doses suficientes para toda a população.
Mesmo se tivesse, entende o comando da pasta, a situação ainda não exige uma vacinação em massa. O contágio da varíola tem características bastante diferentes da covid, por exemplo, e acontece de forma bem mais lenta e controlável.
“É mais provável que a estratégia seja mais no sentido de orientar as pessoas sobre como identificar (a doença) e proceder com o isolamento dos casos suspeitos”, informou um auxiliar no ministro Marcelo Queiroga.
Casos
O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (27) que, até o momento, o Brasil tem confirmados 978 casos da varíola dos macacos, conhecida como monkeypox.
A maioria dos diagnósticos positivos está concentrada em São Paulo, são 744 no Estado. No Rio Grande do Sul, há 3 episódios da doença em acompanhamento.
Emergência
A decisão da OMS de decretar emergência de saúde global em decorrência dos surtos de varíola dos macacos pode levar a um maior investimento no tratamento da doença e avançar na luta por vacinas, que estão em falta. Na prática, o estado de emergência obriga agências sanitárias pelo mundo a aumentar medidas preventivas.
Atualmente, só há outras duas emergências de saúde deste tipo: a pandemia do coronavírus e o esforço contínuo para erradicar a poliomielite.
Sintomas
A varíola dos macacos é uma infecção causada por um vírus que geralmente se manifesta de forma leve — os principais sintomas são febre, dor e o aparecimento de lesões e feridas em algumas partes específicas do corpo.
De modo geral, os sintomas mais comuns são:
— febre
— dor de cabeça
— dores musculares
— dor nas costas
— gânglios (linfonodos) inchados
— calafrios
— exaustão
Entre 1 e 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.