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Mundo Coreia do Norte dispara mísseis durante visita de autoridade dos Estados Unidos à Coreia do Sul

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O presidente americano Donald Trump e o ditador norte-coreano Kim Jong-un. (Foto: Shealah Craighead/The White House)

A Coreia do Norte disparou nesta quinta-feira (9) pelo menos dois mísseis, segundo o Exército sul-coreano, coincidindo com a visita a Seul de um enviado dos Estados Unidos para tentar desbloquear as negociações sobre a crise nuclear entre Washington e Pyongyang.

No mesmo dia, os Estados Unidos anunciaram a apreensão de um cargueiro norte-coreano, pela acusação de violar sanções internacionais ao exportar carvão e importar maquinário.

“É a primeira apreensão de um cargueiro por violação de sanções internacionais”, afirmou o procurador federal de Manhattan, Geoffrey Berman, em um comunicado no qual acusou Pyongyang de esconder a origem do navio.

Batizado de “Sábio Honesto”, o navio de 17 mil toneladas havia sido retido em abril de 2018 na Indonésia, e atualmente está sob controle dos EUA, rumo a águas territoriais do país.

A apreensão ocorreu porque o cargueiro recebeu reparos e melhorias que foram pagos com dólares americanos, por meio de instituições financeiras dos Estados Unidos, o que as sanções proíbem. Os pagamentos foram de US$ 750 mil (cerca de R$ 2,9 milhões), segundo o Departamento de Justiça.

Horas antes da divulgação da apreensão do cargueiro, a Coreia do Sul avisou que haviam sido disparados dois mísseis de curto alcance, que percorreram 270 e 420 quilômetros.

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, considerou os disparos um possível complicador nas discussões com os Estados Unidos. “Seja quais forem as intenções da Coreia do Norte, alertamos que esse ato poderia tornar as negociações mais difíceis”, declarou à televisão.

Donald Trump, presidente dos EUA, condenou os disparos e disse estar acompanhando a situação “muito seriamente”.

Nesta quinta (9), o enviado especial dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, desembarcou em Seul para discutir com as autoridades sul-coreanas a abordagem a ser adotada nas negociações nucleares com Pyongyang.

É a primeira visita de Biegun a Seul desde que o presidente americano, Donald Trump, e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, encerraram sem acordo uma segunda cúpula em Hanói, em fevereiro.

A base de mísseis Sino-ri, de onde teriam partido os disparos, existe há décadas e fica 75 quilômetros a noroeste da capital Pyongyang. O local abriga o equivalente a um regimento e é equipado com mísseis Nodong-1 de médio alcance, de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos Internacionais.

Qualquer lançamento realizado a partir de Sino-ri em direção a leste deveria atravessar a península coreana antes de cair no oceano, segundo especialistas.

No último sábado (4), o Exército norte-coreano já havia realizado um exercício com mísseis, no qual vários projéteis foram lançados, incluindo um míssil de curto alcance.

Biegun se reuniu com seu colega sul-coreano Lee Do-hoon durante um café da manhã, mas sua agenda política não foi divulgada.

Sabe-se que o emissário americano deve se reunir nesta sexta-feira (10) com os ministros sul-coreanos das Relações Exteriores e da Reunificação.

Os dois países aliados —Washington tem 28.500 militares posicionados no Sul para fazer frente a possíveis ameaças de seu vizinho do Norte— trabalham juntos na estratégia de negociação com Pyongyang.

Com os disparos desta quinta-feira, “a Coreia do Norte está enviando uma clara mensagem de que não ficará satisfeita com uma ajuda humanitária” de Seul, segundo Hong Min, pesquisador do Instituto Coreano para a Unificação Nacional.

“Pyongyang diz: ‘Queremos garantias de segurança em troca de um processo de desnuclearização'”, acrescenta.

No encontro histórico com Trump, em junho de 2018, em Singapura, Kim ​prometeu “trabalhar pela completa desnuclearização da península coreana”.

Mas o ceticismo aumentou com a falta de avanços concretos e com o fracasso da última reunião entre os dois líderes, em fevereiro passado, em Hanói.

Na ocasião, Kim pediu que as sanções sofridas por seu país fossem suspensas, em troca de iniciar uma desnuclearização que o presidente americano considerou muito tímida.

Na semana passada, Pyongyang alertou os Estados Unidos para o risco de um “resultado indesejável”, se o país não ajustar sua posição até o final do ano, depois de três meses de paralisia nas negociações.

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