Sexta-feira, 10 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 19 de maio de 2017
Ricardo Saud, diretor da JBS, narrou em sua delação que para modificar uma MP (medida provisória) em benefício de um grupo de frigoríficos, nos anos de 2012 e 2013 foram pagos R$ 5 milhões ao atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), .
Conforme Saud, a MP tratava de créditos presumidos de PIS e Cofins. Da forma como estava a redação da MP, afirmou o delator, ela privilegiaria uma empresa falida da região Sul, que receberia 100 milhões de créditos presumidos de PIS e Cofins. No entanto ele foi a Eunício com representantes da associação do setor para alterar o texto de maneira que outras empresas, a JBS entre elas, se beneficiassem financeiramente.
Ainda de acordo com a versão de Saud, ao ser procurado para tratar do assunto, Eunício disse que a alteração na medida provisória teria um custo. “Ele falou: ‘Olha Ricardinho, isso aí você sabe, tem um custo aí. Vamos fazer um custo aí de uns 5 milhões. Isso aí é muito pouco’”. Saud conta que o dinheiro foi pago, conforme combinado com Eunício, que era o então relator da MP. “Pagamos direitinho, fizemos doações doações simuladas oficiais para ele, que ele era o tesoureiro do PMDB”.
Saud apresentou durante seu depoimento todos os recibos de pagamentos. Afirmou também que mesmo pagando os R$ 5 milhões, os empresários que arcaram com os custos da propina levaram um tombo de Eunício. “Oito meses depois ele foi relator de outra medida provisória e voltou atrás (revogou o benefício).