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Economia Economista não vê razão para as mulheres se aposentarem mais cedo

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Dupla é assunto para discutir em casa, diz economista. (Foto: Reprodução)

A maioria dos países, no planeta, não faz distinção entre idades do homem e da mulher para efeito de aposentadoria – e além disso a mulher vive mais que o homem, em média. O polêmico “lembrete” foi dado ontem, à coluna, pelo economista José Marcio Camargo, depois de ter participado do Fórum Estadão Reforma da Previdência. Ele é contra essa distinção.

Aos que argumentam que a mulher faz dupla jornada – em casa e no trabalho –, o economista da Opus diz que esse problema não deve ser compensado com a aposentadoria: deve ser resolvido na estrutura das famílias.

No mesmo evento, Marcelo Caetano, secretário da Previdência, afirmou que foi a favor de igualar as idades – mas, para viabilizar a aprovação do texto, teve que flexibilizá-lo. Conseguiu, no entanto, diminuir a diferença de cinco anos para três entre os gêneros.

Para Camargo, a reforma da Previdência em tramitação no Congresso Nacional não é suficiente. Ele destacou que, possivelmente, o próximo governo já terá de propor novas alterações. “Teremos de fazer outra reforma”, disse o economista.

Entre pontos da proposta original que foram alterados, estão as regras para o trabalhador rural e também para o BPC (Benefício de Prestação Continuada). Para Camargo, o pagamento de benefício para idosos com 65 anos e pessoas que, comprovadamente, não têm condições de exercer atividade remunerada é um desincentivo à contribuição. “Infelizmente regra do BPC está mantida; isso desincentiva a contribuição”, disse Camargo.

O economista e professor da PUC-RJ classificou o sistema previdenciário brasileiro como o maior programa de transferência de renda de pobre para rico do mundo. Segundo ele, o deficit das aposentadorias e pensões, de R$ 305 bilhões no ano passado, supera tudo o que foi gasto com o Bolsa Família desde sua criação.

Ele apontou que, enquanto o Bolsa Família consome 1,9% dos gastos sociais, o deficit da Previdência absorve 50% do orçamento do governo. “O objetivo da reforma é diminuir esse deficit”, comentou.

O professor da PUC-RJ declarou que discorda de quem diz que o governo errou na comunicação da reforma da Previdência. “Não acho que houve erro na comunicação. Acho que houve honestidade por parte do governo”, disse.

O Planalto mudou o discurso de convencimento recentemente. Até há pouco, a ênfase era na insustentabilidade do sistema previdenciário brasileiro. Um argumento frequentemente usado era o de que a reforma é necessária para que, no futuro, o governo consiga pagar todos os benefícios. O argumento, agora, é pelo fim dos privilégios.

Camargo afirma que a comunicação anterior não foi errada, mas honesta, porque o foco da proposta não era acabar com os privilégios. O projeto também tinha como objetivo, segundo o professor, reduzir o deficit através de mudanças nas regras para os trabalhadores de menor renda.

Pela proposta inicial, o tempo mínimo de contribuição aumentava de 15 anos para 25 anos; a concessão de aposentadoria rural ficava mais difícil, e a idade mínima para o candidato ao Benefício por Prestação Continuada subia de 65 anos para 70 anos.

Ao responder pergunta da plateia sobre a continuidade do privilégio da aposentadoria integral para funcionários públicos aposentados, o professor afirmou que é inviável fazer uma reforma muito ampla. “Se tentar fazer tudo de uma vez só, não consegue fazer nada”, disse.

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