Sexta-feira, 10 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 28 de maio de 2017
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nos seus últimos pedidos que fez ao STF (Supremo Tribunal Federal) que políticos e empresários continuaram a cometer crimes mesmo em meio às investigações da Operação Lava-Jato.
De acordo com o Ministério Público Federal, Janot disse, em um dos pedidos ao Supremo que “o núcleo político da organização criminosa investigada na Operação Lava-Jato” seguiu praticando crimes apesar dos avanços da Lava-Jato.
“Os elementos de prova revelam que alguns políticos continuam a utilizar a estrutura partidária e o cargo para cometerem crimes em prejuízo do Estado e da sociedade. Com o estabelecimento de tarefas definidas, o núcleo político da organização criminosa investigada na operação Lava Jato promove interações diversas com agentes econômicos, com o objetivo de obter vantagens ilícitas, por meio da prática de crimes, sobretudo a corrupção”, afirmou Janot nos pedidos feitos ao STF.
“Isso demonstra que o esperado efeito depurador e dissuasório das investigações e da atuação do Poder Judiciário lamentavelmente não vem ocorrendo e a espiral de condutas reprováveis continua em marcha nos mesmos termos e com a mesma ou maior intensidade e desfaçatez”, afirmou o procurador-geral.
O Supremo autorizou no dia 18 de maio operações contra parlamentares – como o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG) e o deputado federal Rocha Loures (PMDB-PR) – além da prisão de pessoas ligadas ao tucano – casos de sua irmã Andrea Neves – com base na delação premiada do empresário Joesley Batista, um dos controladores do frigorífico JBS.