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Agro Federarroz entra com pedido de securitização para produtores de arroz. Objetivo é garantir a segurança alimentar para o próximo ano e recuperar perdas dos produtores nas últimas safras

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Federarroz - Henrique Dornelles
Conforme o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, a Metade Sul é caracterizada pela sua predominância na agropecuária, sendo que o arroz é o produto mais importante seguido pelo gado e a soja.(Crédito: divulgação Federarroz)

Diante do quadro de endividamento, baixa produtividade e perdas por enchentes, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) não vê outra alternativa, diante do objetivo do país manter a segurança alimentar em 2020, de entrar com pedido para securitização (quando a dívida é vendida em forma de títulos para outros investidores) para a Metade Sul do Estado. A entidade considera necessária esta medida, pois os produtores de arroz hoje também estão investindo em soja e, sobretudo, pelos problemas enfrentados nas lavouras que levaram os orizicultores a perderem volumes consideráveis nas duas culturas.

Conforme o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, a Metade Sul é caracterizada pela sua predominância na agropecuária, sendo que o arroz é o produto mais importante seguido pelo gado e a soja. Explica que o agravante ocorre ainda para os produtores que, no ano passado, realizaram operações de renegociação junto ao sistema financeiro e que agora estão perdendo sua produção e acumulando dois vencimentos em um ano só. “A situação que foi relatada por nós agravou-se devido ao retorno das chuvas e das cheias, especialmente por grandes rios, como o Rio Uruguai, que começou a fazer suas vítimas, e pelo Rio Ibicuí, que cresce de forma assustadora”, salienta.

Volumes históricos de 600 a 700 milímetros de chuvas já foram constatados nas regiões atingidas nos últimos dez dias. Além disso, observa o presidente da Federarroz, os afluentes de rios como o Ibirapuitã e o próprio Ibicuí, se mantiveram em níveis mais altos, o que agravou a situação não só pelo aumento dos rios Uruguai, Ibicuí, Quaraí, Santa Maria e Rio Negro, mas pela permanência do nível do Ibirapuitã, que deixou imerso por mais de uma semana lavouras de arroz na região. “Com isto, estas perdas passam a ser consolidadas e consideráveis. Então a previsão de quebra anunciada pela Federarroz já não é mais uma realidade em função do clima na semana passada”, relata Dornelles.

O dirigente acrescenta que, além das cheias com a permanência da elevação dos níveis dos rios, na semana que passou a baixa radiação solar foi uma constante, o que agrava de forma generalizada a quebra de produtividade do arroz no Rio Grande do Sul. Por isso, o pedido de securitização tem como ideia garantir pelo menos uma safra de 800 a 900 mil hectares. De acordo com Dornelles, isto se justifica porque nos últimos quatro anos, em dois ocorreram problemas climáticos com cheias e em pelo menos um ano (2018) houve crise de preços. “O produtor, nos últimos quatro anos, teve um período mínimo para garantir lucro e tentar um resultado positivo”, afirma.

Além deste pedido, a Federarroz argumenta que os próprios bancos possuem normativas específicas com o objetivo de realizar prorrogações destes contratos e que já está trabalhando para disponibilizar recursos de Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários (FEPM), que é quando o produtor recebe estímulo para segurar a safra e vender quando as cotações estiverem em patamares melhores, ou seja, para que os produtores realizem contratos de capitalização e possam vender o grão somente no segundo semestre. A entidade também ratifica aos produtores que os preços serão majorados de forma significativa, pois a oferta estará pouco aquém da procura e o baixo estoque de passagem existente será consumido a partir do ano comercial, que inicia a partir de 1º de março.

Finalizando, a Federarroz também justifica a necessidade de securitização para os arrozeiros gaúchos, mesmo que o país enfrente uma crise fiscal significativa, em virtude de que o Brasil escolheu o Mercosul como importante para sua economia exportando produtos da chamada linha branca em detrimento da agricultura, especialmente a orizicultura, que vem sofrendo nos últimos anos com esta concorrência e assimetrias do bloco.

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