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Armando Burd Mais um ano com as contas estouradas

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A Petrobras precisa substituir plataformas marítimas porque o prazo limite para utilização se esgota. (Foto: Tania Regô/Agência Brasil)

O orçamento do governo federal de 2020 foi publicado ontem no Diário Oficial. Principais itens:

1) receita prevista de 3 trilhões de reais. O déficit chegará a 124 bilhões e 100 milhões de reais, sem contar o pagamento dos juros para rolagem da dívida pública.

2) o refinanciamento da dívida chegará a 917 bilhões. Prova do exagero nos gastos durante décadas;

3) a seguridade social terá 1 trilhão e 190 bilhões;

4) o Fundo Especial de Financiamento de Campanha receberá 2 bilhões. Em meio à crise, abrirá caminho para que partidos se esbanjem ainda mais. Até parece que notas de 100 reais nascem em árvores.

Deu no site

O ministro Paulo Guedes participa da abertura do Fórum Econômico em Davos.

Ditado do futebol ensina: cada um na sua. Economia é com o centroavante PG, que leva o número 9 na camiseta.

Decisão sairá

Terminado o recesso, a Câmara dos Deputados não fugirá da votação do projeto que permite a prisão de réus condenados em segunda instância. Garantia dada ontem pelo presidente Rodrigo Maia. Pelas contagens informais, a aprovação é dada como certa e tem um endereço: o ex-presidente Lula.

Outros tempos

Sabendo que o dinheiro anda escasso em Brasília, não há mais brigas para comparar estados que recebem mais ou menos ministérios. A composição do presidente Itamar Franco era chamada de minastérios. O passaporte era ter nascido em Minas Gerais. Com Fernando Henrique Cardoso passou a ser paulistério. Enquanto a irrigação de recursos nos cofres não voltar, a indiferença se manterá.

Chance de ouro

A vida útil de uma plataforma que extrai petróleo em alto mar é de 25 anos. Há 66 com o prazo estourando e mais 23 próximas do limite. A cidade de Rio Grande tem dois estaleiros e São José do Norte mais um. Comprovaram ter competência para a montagem de plataformas e deram empregos a 25 mil trabalhadores até 2015.

Naufragaram

Com os estaleiros em funcionamento, a região Sul do Estado passou a sonhar com grande desenvolvimento econômico. Pequenos e médios empresários fizeram investimentos em áreas necessárias para o funcionamento da indústria naval. De repente, houve a descoberta de casos de corrupção, envolvendo a Petrobras e grupos proprietários dos estaleiros. Hoje, as instalações estão vazias.

Não tem solução

O descarte inadequado do lixo doméstico, industrial, hospitalar e comercial é assunto garantido em anos de eleições às prefeituras. Soluções, porém, não surgem.

No país, mais de 40 por cento dos resíduos gerados não têm destinação correta. Predominam os lixões em mais da metade dos municípios brasileiros. Os reflexos são cada vez maiores, tornando-se ameaça aos centros urbanos e à saúde da população.

Acomodados

A Lei de Responsabilidade das Estatais, de 30 de junho de 2016, reuniu conjunto de regras, incluindo requisitos mínimos para nomeação de dirigentes e de conselheiros. Foi a tentativa de proteger órgãos de controle estatal da influência de interesses políticos partidários e eleitorais, que vêm fomentando casos notórios de ineficiência, de corrupção e de danos à sociedade.

Por enquanto, continua funcionando o fator Q.I. (quem indicou) e eventuais sabatinas nos legislativos não passam do estilo chá das cinco horas da tarde.

Aos apressados

Quando a chaleira começou a chiar, o presidente do DEM de Porto Alegre, vereador Reginaldo Pujol, baixou o fogo. Ontem, lançou nota, garantindo que o partido não precipitará definições sobre a sucessão municipal.

Vai esperar até 25 de março, quando se encerrará a Operação Retorno de antigos filiados e a chegada de novos. Não se joga na primeira alternativa e tem razão.

Botaram pé no acelerador

No país, há concurso para tudo. Falta um que aponte governos conhecedores de limites nos gastos com dinheiro público. Poucos vão concorrer.

 

 

 

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