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Armando Burd No limite

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O deputado federal Maurício Dziedricki quer evitar o transtorno do recolhimento de veículos em todo o País. (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Neste ano, por lei, o teto de despesas do governo federal é de 1 trilhão e 340 bilhões de reais. Até junho, foram gastos 47 por cento. Nos três meses derradeiros, a jamanta costuma descer a ladeira com risco de perder o freio. Isso acontecendo, o endividamento subirá. De 1º de janeiro até ontem, a União pagou 428 bilhões e 170 milhões de reais em juros para rolar a dívida.

Aperto
Segundo cálculos do ministro da Economia, Paulo Guedes, o Brasil gasta 700 bilhões de reais com aposentadorias, pensões e outros benefícios previdenciários. Tirando as despesas obrigatórias, restam ao governo federal 95 bilhões de reais para livre destinação. Dentro desse valor estão 30 bilhões de reais para investimentos, o índice mais baixo desde 2007.

Longe
Não adianta aos servidores públicos buscarem colegas aos quais poderiam atribuir a culpa pelas modificações rigorosas no plano de Previdência. A concepção e a redação foram de uma consultoria muito bem instalada em São Paulo.

Para garantir maioria
O presidente Luciano Bivar aumentou de 101 para 159 o número de integrantes do diretório nacional do PSL. Os novos são seus aliados na disputa com a família Bolsonaro. Pior ainda: parlamentares do partido estão obstruindo votações de interesse do governo.

Outro lado
Diretórios regionais do PSL devem quase 3 bilhões de reais à União por multas eleitorais aplicadas em função de irregularidades, envolvendo gastos em campanhas de candidatos. Os atuais dirigentes jogam a culpa nos anteriores que ninguém mais sabe por onde andam. Conclusão: está cada vez mais fácil botar a mão no dinheiro dos fundos partidário e eleitoral.

Ampliação
O deputado federal Maurício Dziedricki apresentou parecer favorável ao projeto de lei que autoriza pessoas físicas e jurídicas a utilizarem os benefícios da Lei Rouanet para patrocinar projetos de música regional. Atualmente, a lei permite a captação de recursos somente para a faixa erudita.

A proposta foi apresentada pela primeira vez em 2008, quando Sérgio Zambiasi exercia mandato como senador.

Falta de senso
A Câmara dos Deputados discute projeto que cria o Sistema Nacional Contraterrorista para coordenar ações de inteligência, prevenindo a formação de células no Brasil. Partidos de oposição criticam, achando que protestos e ações de movimentos sociais poderão ser classificados como atos terroristas. Provavelmente, estejam fazendo auto-julgamento.

Tempo perdido
O Tribunal de Contas da União entregou ontem ao Senado o Relatório de Fiscalizações em Políticas e Programas de Governo 2019. A intenção é “diagnosticar e prevenir a perpetuação de déficits que comprometam resultados da ação governamental”. Segundo o Tribunal, “o documento traz um panorama geral de riscos, irregularidades e deficiências relevantes e recorrentes nas políticas públicas que afetam o alcance de seus objetivos”. Palavreado para dizer nada.

Esquema de sempre
A reforma administrativa começará a andar.

Repete-se agora a manchete dos jornais de outubro de 1996. Durante 14 meses, senadores e deputados federais mantiveram intermináveis conversas. A intenção do governo era diminuir despesas. Mesmo com os insistentes pedidos do presidente Fernando Henrique Cardoso a favor da aprovação, o projeto caiu numa gaveta e ficou por 23 anos.

Vergonhoso
Por duas décadas e meia, a política obstruiu as reformas e os articuladores nunca perguntaram sobre os prejuízos que a população teve com os boicotes.

Mudança necessária
Será demais pedir uma democracia ao modo inglês? Sem caudilhos, sem demagogos, sem o acúmulo de dinheiro para comprar votos e poder. Práticas tão comuns por aqui.

É preciso o olhar mais atento
O cardápio de candidatos começa a ser preparado: há os que vão cativar pelas palavras e outros pelas realizações. Depois, não adiantará reclamar ao Serviço de Proteção do Eleitor.

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https://www.osul.com.br/no-limite-2/ No limite 2019-10-17
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