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Presidente afirmou ainda que Luciano Bivar, que comanda a legenda, "está queimado para caramba". (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Michelle Bachelet foi presidente do Chile. Agora, é alta comissária de Direitos Humanos da ONU. Ao falar do Brasil, disse que nosso “espaço democrático está se reduzindo”. Bolsonaro não gostou. Em resposta, jurou que “ela está defendendo direitos humanos de vagabundos”. A frase rendeu. Atravessou Europa, França e Bahia. No caminho, suscitou uma curiosidade. De onde vem a palavra que ofende gregos, romanos, baianos e sergipanos?

Vagabundo vem do verbo vagar — andar sem destino definido, vaguear. Quando nasceu, a palavra era do bem. Não tinha a conotação pejorativa que o tempo lhe deu. Dava nome a quem estava a vagar, perambulando pelo mundo. Movia-o não a preguiça, mas razões nobres. Entre elas, filosofar ou buscar a amada.

Subiu nas tamancas

E João Doria, hem? O governador ficou possesso. A razão: descobriu que livros didáticos com capítulo sobre homossexualidade haviam sido distribuídos nas escolas de São Paulo. Indignado, mandou recolhê-los e tuitou: “Não concordamos e nem aceitamos apologia à ideologia de gêneros”. Ops! Esqueceu de lição aprendida lá na escola primária. A conjunção nem quer dizer e não. Traz embutidinho o e. Compare:

Não estuda e não trabalha. Não estuda nem trabalha.

Não o viu e não o verá. Não o viu nem o verá.

Não concordamos e não aceitamos apologia à ideologia de gêneros. Não concordamos nem aceitamos apologia à ideologia de gêneros.

Bem-vindo

A duplinha e nem nunca tem vez? Tem. Em duas construções. Uma: quando não há negativa antes. A outra: quando equivale a e nem mesmo. No caso, dá reforço ou ênfase à declaração: Trabalhava o dia inteiro e nem se lembrava de descansar. Doria escreveu e nem se deu conta do desperdício da conjunção.

Vira-lata sim, senhores

Eis a questão: internet ou Internet? Na origem, internet era nome próprio. Escrevia-se com a inicial maiúscula. Agora, dá nome a uma mídia, como rádio, jornal, televisão. Tornou-se substantivo comum. Sem pedigree, é senhora vira-lata.

Grafa-se com letras pequeninas: Obtenho informações no jornal, no rádio, na tevê e na internet.

Facebook joga em outro time. É nome próprio como Instagram, WhatsApp, Twitter, You Tube, TV Globo, A Tribuna, Correio Braziliense, Estado de Minas, O Sul, Roraima em foco. Daí a inicial grandona.

A história

A internet é moderna? Sim. Mas a palavra não. Ela já era empregada em 1883 para designar movimentos interligados. No início dos anos 1970, o termo começou a ser usado como resultado da interligação de redes com roteadores. Os primeiros registros de interações datam de 1961, 1962 e 1964. Naquela época, já se falava da possibilidade de uma “rede galáxica”. Mas foi em 1965 que Lawrence G. Roberts e Thomas Merril promoveram, pela primeira vez, a conversa de dois computadores através de uma linha telefônica entre Massachussets e Califórnia.

Leitor pergunta

Eta parto difícil. Cadê a indicação do procurador-geral da República? Bolsonaro faz mistério. Outro dia, disse: “O procurador-geral da República terá o valor de uma rainha no tabuleiro de xadrez”. Repórteres, loucos por novidade, escreveram sem pensar “raínha”. Assim, com o baita acentão no i. Tropeçaram na língua, não?

Sâmia Seco, Boa Vista

Eles confundiram Germanos com gêneros humanos. O i ganha grampinho quando quebra ditongo. É o caso de saída e egoísta. Para tanto, preenche quatro condições. Uma: ser antecedido de vogal (sa-í-da, e-go-ís-ta). Duas: formar sílaba sozinho ou com s (sa-í-da, e-goís-ta). Três: ser a sílaba tônica (sa-í-da, e-go-ís-ta). Quatro: não ser seguido de nh. Ops! O i de rainha é seguido de nh. Daí ficar livre e solto como em bainha, campainha, ladainha.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/por-ai/ Por aí 2019-09-07
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