Sábado, 12 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 4 de novembro de 2019
A China habilitou sete estabelecimentos do Estado de Santa Catarina para a exportação de miúdos suínos. A habilitação, segundo o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), é resultado das negociações realizadas durante viagem do presidente Jair Bolsonaro ao país asiático no fim de outubro. A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) esteve em Pequim no período de 18 a 25 do mês passado também em tratativas com o governo chinês. As informações são do Mapa.
As plantas frigoríficas brasileiras foram habilitadas para comercializarem seis tipos de miúdos de suínos: pés, língua, focinho, máscara, orelha e rabo.
Os estabelecimentos são BRF (Campos Novos), Pamplona Alimentos (unidades de Presidente Getúlio e Rio do Sul), Cooperativa Central Aurora Alimentos (unidades de Joaçaba e Chapecó) e Seara Alimentos (unidades de São Miguel do Oeste e Itapiranga).
“As exportações já podem ter início imediato. Medida vai movimentar a economia catarinense e gerar mais renda para os produtores rurais”, disse a ministra ao anunciar a notícia no Twitter na manhã desta segunda-feira (4).
De acordo com estimativa preliminar da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a abertura de mercado para esses produtos pode movimentar no próximo ano US $ 2 bilhões.
A China enfrenta uma crise no setor por causa da peste suína africana. Com a doença, mais de 6,9 milhões de animais foram sacrificados, conforme dados da Secretaria de Agricultura de Santa Catarina.
Mercosul e a União Europeia
A importância do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, as convergências em agendas de sustentabilidade e o reconhecimento dos padrões de sanidade já adotados no Brasil foram debatidos nesta segunda-feira (4) em encontro da ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) com embaixadores da União Europeia.
A ministra falou aos embaixadores sobre a preocupação do Brasil com a sustentabilidade na agricultura. “O mundo vai precisar cada vez mais de alimentos saudáveis. Não entendo que a preservação ande separada do desenvolvimento”, disse, lembrando a importância da legislação brasileira para a preservação do meio ambiente, como o código florestal, além de iniciativas como o Plano ABC e o Plano Nacional de Florestas Plantadas.
Os embaixadores destacaram que é importante ter um maior conhecimento da realidade brasileira para que nossas iniciativas aliando produtividade e sustentabilidade possam ser corretamente transmitidas aos outros países. A ministra colocou o Mapa à disposição dos embaixadores para fornecer informações fidedignas sobre o Brasil para os países da União Europeia. “O Mapa está à disposição com informações, dados e o que precisarem para que essa informação chegue de maneira correta”, destacou Tereza Cristina.
A ministra também ressaltou a importância do acordo entre o Mercosul e a União Europeia para a agricultura brasileira. Para ela, o acordo vai trazer benefícios para os dois blocos e será importante para ampliar a pauta de exportação do Brasil para a União Europeia.
“Temos outras coisas também para trabalhar em conjunto que poderão trazer benefícios para os produtores brasileiros e também para o consumidor europeu. Para o setor agrícola, é um acordo sem precedentes, vai ser um divisor de águas para nós”, disse. Os principais produtos exportados para o mercado europeu são farelo de soja, soja em grãos, café verde, suco de laranja e milho, que representam 73% das exportações agrícolas brasileiras para a União Europeia. O objetivo é consolidar essas posições e assegurar maior acesso também a outros produtos.
Este foi o primeiro almoço de um ministro brasileiro com embaixadores dos países-membros da União Europeia desde que o novo embaixador da Delegação da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybañez, assumiu suas funções, em julho deste ano. O encontro foi realizado na Embaixada da Finlândia, país que tem a presidência rotativa da União Europeia. O Brasil encontra-se na presidência rotativa do Mercosul.