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Ciência Um jipe espacial detectou metano em Marte e uma equipe correu para investigar se existe vida no planeta

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Auto-retrato feito pelo jipe Curiosity em Marte. A imagem é montada a partir de diversas fotos combinadas. (Foto: JPL/Nasa/Divulgação)

O JPL (Laboratório de Propulsão a Jato) da Nasa (agência espacial norte-americana) foi palco de cenas de exploração espacial explícita neste fim de semana. Na última quarta-feira (19), o jipe robótico Curiosity detectou mais uma grande pluma de metano no ar de Marte.

Os dados chegaram à Terra no dia seguinte, e nunca um potencial pum (ênfase em potencial) foi tão festejado entre os cientistas. Em nosso planeta, a presença de metano no ar é majoritariamente (mas não de todo) causada por formas de vida bacterianas. Os pesquisadores se perguntam se este também é o caso em Marte, e a detecção ofertou uma oportunidade de tentar testar essa hipótese. Daí o frenesi do fim de semana.

A Nasa ainda não fez qualquer anúncio oficial sobre a descoberta, mas o jornal americano The New York Times obteve alguns detalhes da movimentação, assim como um e-mail de Ashwin R. Vasavada, cientista de projeto do Curiosity, enviado a toda a equipe explicando as mudanças de planos nas observações do jipe robótico. “Dado este resultado surpreendente, reorganizamos o fim de semana para rodar um experimento subsequente”, escreveu.

Novas instruções já foram passadas ao jipe, que deve enviar os resultados obtidos para a Terra na segunda-feira, agregando mais um emocionante — quiçá elucidativo — capítulo à história turbulenta da detecção de metano na atmosfera marciana.

No começo dos anos 2000, observações feitas por telescópios em solo e pelo orbitador europeu Mars Express detectaram uma quantidade significativa de metano na atmosfera marciana, na faixa de 10 partes por bilhão. Ao chegar a Marte, em 2012, o Curiosity tinha como uma de suas principais metas tentar detectar o metano na superfície. De início, ele não encontrou nada, mas em 2013 uma pluma recém-emitida foi detectada por seus sensores, uma concentração de 15 partes por bilhão. Resultados obtidos pelo Mars Express, em órbita, teriam detectado a mesma coisa, confirmaram cientistas europeus em 2019.

Em compensação, observações feitas entre abril e agosto de 2018 pelo Trace Gas Orbiter, um novo satélite europeu destinado a ir à caça do metano com precisão muito maior que medições anteriores, não acharam nada, aprofundando o mistério.

Daí a empolgação da nova detecção do Curiosity e a reação rápida dos cientistas. Tanto o Mars Express quanto o Trace Gas Orbiter, em órbita de Marte, fizeram observações recentes da cratera Gale, onde está o jipe, e o plano é cruzar todos os dados para colocar um fim às discrepâncias nas detecções e matar a charada do metano marciano.

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https://www.osul.com.br/um-jipe-espacial-detectou-metano-em-marte-e-uma-equipe-correu-para-investigar-se-existe-vida-no-planeta/ Um jipe espacial detectou metano em Marte e uma equipe correu para investigar se existe vida no planeta 2019-06-22
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