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Geral 2022 já é o ano com mais alertas de desmatamento na Amazônia

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A Amazônia Legal é uma região que corresponde a 59% do território brasileiro e que engloba a área de 9 Estados. (Foto: Reprodução)

O acumulado de alertas de desmatamento na Amazônia Legal foi de 9.277 quilômetros quadrados, de janeiro até o último dia 21 de outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Essa é a pior marca da série histórica anual do Deter, o sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real do instituto.

O índice leva em conta o chamado ano civil, ou seja, o período total de janeiro a dezembro. Faltando mais de 2 meses para o fim do ano, essa marca já superou até mesmo todo o ano de 2019, a pior taxa até então, quando os alertas de desmate deram um salto e chegaram até 9.178 quilômetros quadrados.

Quando comparada toda a série, o acumulado de alertas de desmatamento em 2022 na Amazônia Legal marca o quarto ano consecutivo da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) em que os alertas por ano civil ficam acima da marca de 8 mil.

A Amazônia Legal é uma região que corresponde a 59% do território brasileiro e que engloba a área de 9 Estados – Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranhão.

“O Brasil já teve taxas anuais maiores [antes da série atual], mas quando começaram as medidas mais efetivas nunca ocorreu um descontrole como vem ocorrendo desde 2019”, explica Suely Araújo, especialista sênior em Políticas Públicas do Observatório do Clima e presidente do Ibama entre 2016 e 2018.

“Esses dados do Deter não surpreendem, infelizmente, porque a gente já vinha acompanhando esses números”, diz Mariana Napolitano – gerente de ciências do WWF-Brasil.

“O nosso grande desafio é olhar para essas curvas e ver como podemos reverter isso. Vale lembrar que o Brasil tem uma posição de poder cumprir suas metas climáticas apenas parando o desmatamento, que não tem diferença significativa no seu PIB, pois esse é um desmatamento muito ligado à grilagem e atividades ilegais que não geram nem crescimento econômico nem distribuição de renda”.

No ano passado, durante a COP26 (a conferência do clima da ONU), o Brasil foi um dos 127 países signatários da Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso da Terra, documento que declara o comprometimento coletivo de deter e reverter a perda de florestas até 2030.

Em Glasgow, o governo brasileiro assumiu o compromisso de zerar o desmatamento ilegal em 2028, reduzindo progressivamente a prática: 15% ao ano até 2024; 40% ao ano em 2025 e em 2026; 50% em 2027; até finalmente, em 2028, desmatamento ilegal zero.

Este ano, durante a COP27, segundo informaram fontes ligadas ao g1, para contornar a cobrança internacional sobre os recordes de desmatamento e queimadas, o governo tentará passar a imagem do Brasil como um país focado na “energia verde”.

Durante uma entrevista para a “Voz do Brasil”, sem citar as taxas de desmate na Amazônia, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou que o evento será uma oportunidade para o país acelerar “energias verdes brasileiras”. As informações são do portal de notícias G1.

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