Sábado, 05 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 16 de agosto de 2020
Jair Renan Bolsonaro, de 22 anos, filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, testou positivo para a Covid-19. A informação foi publicada pela mãe de Jair, Ana Cristina Valle, em suas redes sociais.
“Meu Bebê está com Covid, quero informar para aqueles que desejam seu mau ele está muito bem tomando hidroxicloroquina e em breve recuperado Deus lhe abençoe meu amor”, diz o post.
Em abril, em um vídeo que foi compartilhado nas redes sociais, Jair Renan negou a existência da pandemia do novo coronavírus.
“Que pandemia? Isso é história da mídia aí, para trancar você dentro de casa, para achar que o mundo está acabando. É só uma gripezinha, irmão”, disse Renan na ocasião. Por violar políticas de conduta de ódio do Twitch, plataforma de transmissão de vídeos focada em games, Jair Renan teve a conta suspensa.
Jair Renan não foi o primeiro na família a ter coronavírus. O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também já contraíram a doença. O presidente anunciou o resultado positivo do teste no dia 7 de julho e permaneceu em isolamento no Palácio da Alvorada até o dia 25 de julho, quando informou que estava recuperado. Na semana passada, a avó da primeira-dama, Maria Aparecida Firmino Ferreira, faleceu de Covid-19 em Brasília.
Vacina
A vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e testada no país pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) pode ser licenciada para uso emergencial ainda este ano caso os dados da atual fase de estudos indiquem sua eficácia. De acordo com a professora Lily Yin Weckx, coordenadora dos estudos da vacina na Unifesp, o contexto da pandemia contribui para a agilidade nas pesquisas.
O estudo completo só deve ser finalizado em junho do ano que vem. A pesquisadora participou do I Congresso WebHall da Escola Paulista de Medicina, focado nas pesquisas sobre a doença. A última e terceira fase de testes clínicos está em curso no país e busca definir se a vacina é eficaz contra a Covid-19. No Brasil, pelo menos 5 mil voluntários da área de saúde participam do estudo, 2 mil deles apenas no estado de São Paulo.
“Qual a nossa perspectiva? Se formos seguir todos os passos de desenvolvimento da pesquisa, o estudo vai terminar em junho do ano que vem. Mas o que se espera é que, como temos vários centros estudando, com um grande número de pessoas sendo avaliadas, é que possamos fazer uma análise interina dos dados. Se essa análise mostrar que o resultado é muito positivo, é possível conseguir o licenciamento para uso emergencial”, afirmou a médica.
Durante sua apresentação, a médica fez um panorama geral de todas as pesquisas de desenvolvimento de vacinas ao redor do mundo. Além das doses sendo produzidas em Oxford, o Brasil também participa de testes de outras quatro vacinas, incluindo aquela produzida pela chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. Nesta semana, o estado do Paraná anunciou uma parceria com a Rússia para os testes com a vacina anunciada pelo presidente do país, Vladimir Putin. A OMS, entretanto, ainda não garante a eficácia da vacina produzida no país.
“O nosso estudo está indo muito bem e pretendemos em breve ter dados de eficácia da vacina. E essa corrida não é para ver quem vai chegar primeiro: é uma corrida contra o vírus. Para atender à humanidade, precisaremos de mais uma vacina, para assegurar que ela seja acessível para todos e não apenas para os países mais ricos”, afirmou Lily Yin Weckx.
Nesta semana, foi autorizada a participação de voluntários acima de 60 anos nos estudos da vacina de Oxford. Além disso, a pesquisa que previa a aplicação de apenas uma dose nos voluntários agora irá aplicar uma segunda dose. A mudança foi feita após a divulgação, no final de julho, dos resultados prévios da fase dois, que demonstraram a segurança de uso nos idosos e também o potencial de produção de anticorpos após a segunda dose.