Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 24 de julho de 2023
Maitê Proença já respondeu várias vezes às críticas públicas por receber uma pensão do governo, paga a filhas solteiras de alguns funcionários públicos. Como noticiou o colunista do jornal O Globo Ancelmo Gois, a atriz enviou à Justiça de São Paulo a planilha informando ter direito a receber R$ 254 mil pelos meses em que as pensões às quais tem direito não foram pagas.
Maitê recebeu, por anos, as pensões por morte deixadas por sua mãe, a professora Margot Proença, e seu pai, o procurador de Justiça Carlos Eduardo Gallo, ambos já falecidos.
Em 2010, Maitê Proença chegou a ter as pensões suspensas pelo governo de São Paulo. A “Folha de S. Paulo” detalhou, à época, que ela ganhava cerca de R$ 13 mil mensais.
Segundo o jornal, a SPPrev, órgão previdenciário do Estado, entendeu que a atriz deveria perder o direito à pensão porque teria uma união estável com o empresário Paulo Marinho. Ou seja, não seria mais filha solteira de funcionário público. O órgão citou um trecho da biografia de Maitê na qual a artista dizia ter formado “uma família linda” durante mais de uma década em que se relacionou com Marinho. Esta seria uma prova da união estável.
A defesa da atriz recorreu da suspensão do benefício, alegando que os pais de Maitê pagaram impostos, deduzidos dos vencimentos deles, para que ela recebesse a pensão. A artista conseguiu reverter a determinação do órgão previdenciário na Justiça.
Em 2019, em entrevista, Maitê foi questionada sobre as críticas recebidas por nunca ter se casado oficialmente “para não perder a pensão deixada pelo pai”.
“As pessoas falam demais, dizem que meu pai era militar, mas ele nunca foi (era desembargador e foi procurador de Justiça de São Paulo). Aos 20 anos, quando conheci o Paulo [Marinho], não tinha conhecimento do benefício, e tampouco podia imaginar que meu pai fosse se matar anos depois (o pai de Maitê, assim como um de seus dois irmãos, se suicidou)”, rebateu ela, na entrevista.
Maitê disse também que nunca formalizou o vínculo porque não acredita “na instituição” casamento.
“A minha experiência era de que os casamentos acabam em sofrimento, por isso não me casei. Mas isso (a pensão) já tramitou em juízo, é um direito adquirido. Porque aquele funcionário público (o pai) pagou impostos durante toda a vida para que a pensão acontecesse. Se não concordam com a lei, que é de 1940 e talvez seja anacrônica, devem mudá-la de agora para a frente. Não podem fazer isso com as pessoas”, ressaltou a atriz.