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Por Redação O Sul | 24 de fevereiro de 2016
O maior meteoro já visto desde o que atingiu a cidade russa de Chelyabinsk há 3 anos entrou na atmosfera da Terra sobre o Oceano Atlântico – perto do Brasil.
O evento, que só foi divulgado esta semana, ocorreu às 11h55min do dia 6 de fevereiro. Ao queimar-se na atmosfera, a rocha espacial liberou o equivalente a 13 mil toneladas de TNT (trinitrotolueno).
Esse é o caso mais grandioso do gênero desde o ocorrido em Chelyabinsk, em 15 de fevereiro de 2013. O meteoro que atingiu a região liberou 500 mil toneladas de TNT.
Mais de 1 mil pessoas foram feridas na ocasião – a maioria atingida por estilhaços de vidro de janelas.
Chelyabinsk.
O evento de Chelyabinsk foi o mais violento desde 1908, quando um meteoro explodiu sobre Tunguska, também na Rússia, causando muito mais estrago. Por sorte, a região onde aconteceu a explosão era muito pouco habitada e não houve registro de mortes, a não ser de animais. A explosão liberou o equivalente a energia de uma explosão de 5 megatons de TNT, ou seja, dez vezes mais poderoso do que o evento de 3 anos atrás.
Felizmente, eventos assim são raros, as contas mostram que devem ocorrer cerca de duas ou três vezes durante um século e, se computada a possibilidade de ocorrer sobre uma cidade tão grande como Chelyabinski, a probabilidade cai para uma vez a cada 10 mil anos.
Costa brasileira.
Já a “bola de fogo” sobre o Atlântico provavelmente passou despercebida. Ela se desintegrou a cerca de 30 quilômetros sobre a superfície do mar, a 1 mil quilômetros da costa brasileira.
A Nasa (agência espacial americana) listou o acontecimento em uma página de internet que relata a ocorrência de meteoros e “bolas de fogo”.
Cerca de 30 pequenos asteroides (que medem entre 1 e 20 metros) entram na atmosfera da Terra anualmente, segundo pesquisas científicas.
Como a maior parte da superfície terrestre é coberta por água, a maioria deles cai nos oceanos e não afeta áreas habitadas.