Sexta-feira, 16 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 15 de outubro de 2016
Um dos mandamentos no Vale do Silício (EUA), a meca da tecnologia mundial, é saber aceitar os fracassos e aprender com eles. O lema “fracasse rápido, fracasse muito” diz tudo sobre a mentalidade dos desenvolvedores radicados no deserto americano.
Para a sul-coreana Samsung, não houve outra alternativa senão invocar o mantra e aposentar o recém-lançado smartphone Galaxy Note 7. A produção e venda do aparelho foram interrompidas depois da série de explosões e incêndios causados por superaquecimento na bateria.
Mas a história da tecnologia está recheada de fracassos e decepções. Relembre alguns casos emblemáticos.
Zune, da Microsoft.
Alguns especialistas dizem que o media player portátil de Bill Gates, lançado em 2006, era um fracasso anunciado. Robbie Bach, executivo da Microsoft responsável pelo departamento que desenvolveu o aparelho, definiu o lançamento como “um erro”, causado por uma estratégia de marketing ruim aliada ao domínio da Apple na indústria musical. O player de Gates, que pretendia concorrer com o iPod, foi um desastre de vendas. Em 2011, o Zune foi completamente enterrado pela companhia.
Google Wave.
Outro exemplo de desastre tecnológico é o Google Wave, que, de acordo com a própria empresa, “não teve a receptividade esperada por parte dos usuários”. A ferramenta de colaboração que o Google lançou em 2009 com a ideia de “revolucionar a forma como nos comunicamos” levou apenas um ano para desaparecer.
Mac Cube.
Apesar de seu histórico de êxitos em vendas, a Apple também não está imune aos fracassos. Uma das maiores decepções da empresa criada por Steve Jobs foi o Power Mac G4 Cube (2000-2001), que não foi bem recebido por seu público-alvo: profissionais da internet e do design. O desktop teve apenas um ano de vida e, embora tenha rendido diversos prêmios (e popularidade) a seu criador, Jonathan Ive, por causa de seu design impressionante, acabou se convertendo em um fiasco de vendas.
Virtual Boy, da Nintendo.
O Virtual Boy foi “o console maldito da Nintendo”, como escreveu o blog de tecnologia espanhol Xataka. É possível dizer que o Virtual Boy foi um fracasso completo da fabricante japonesa. A revista americana Time chegou a classificar o aparelho como “uma das piores invenções da história”. A tecnologia foi considerada estranha e o design incômodo causava, literalmente, dores de cabeça.
Os discos Zip.
Mais um grande fiasco foram as unidades Zip, dispositivos de armazenamento que chegaram ao mercado na década de 1990 para substituir os disquetes. Mas custavam caro, apresentavam muitos erros e acabaram ficando obsoletos antes de desaparecer completamente. No final, os pen drives – menores, mais práticos e, principalmente, mais baratos – foram a pá de cal nos discos Zip.
O MiniDisc da Sony.
O MiniDisc da Sony não alcançou o sucesso esperado, ainda que permitisse gravar e regravar até 80 minutos de música. Apenas o Japão registrou bons números de vendas. Entre os problemas estava a dificuldade de encontrar aparelhos compatíveis e a baixa adesão do mercado fonográfico. O MiniDisc acabou “atropelado” pelo CD.
Sega Dreamcast.
A lista de fracassos tecnológicos termina com o incompreendido Sega Dreamcast, um bom console com jogos bem desenvolvidos, mas que teve poucas vendas e acabou aposentado rapidamente.