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Por Redação O Sul | 22 de junho de 2015
O craque argentino Diego Maradona afirmou que o cartola Júlio Grondona, que dirigiu a Associação de Futebol Argentina até morrer, no ano passado, teria negociado o resultado da Copa de 1990. A acusação foi feita em entrevista ao programa “La Cornisa”, da América TV, da Argentina.
Na ocasião, a Argentina perdeu da Alemanha por um a zero, após o juiz mexicano Edgardo Codesal apitar um pênalti controverso, em favor dos alemães, no final do segundo tempo.
Maradona, que jogava na seleção, revelou que o cartola argentino já tinha negociado a derrota. Naquele ano, a Alemanha faria a unificação do país, após a queda do Muro de Berlim, em 1989.
“Grondona, na final do mundial de 1990, me disse ‘até aqui chegamos’ e que estávamos entregues”, afirmou o craque. Segundo Maradona, o cartola não brigou, nem questionou o lance duvidoso apitado pelo árbitro mexicano. “[Grondona] nos entregou como os chilenos nos entregaram nas Malvinas”, afirmou.
Corinthians X Boca
Um programa de TV argentino exibiu nesse domingo (21) escutas telefônicas que mostram gravações da chamada “Máfia do Futebol”, que está sob investigação local. Uma das conversas exibidas levantam suspeitas sobre a arbitragem de Carlos Amarilla, que em 2013 prejudicou o Corinthians no duelo contra o Boca Juniors na Libertadores.
O diálogo em questão envolve Julio Grondona e Abel Gnecco, representante argentino no comitê de árbitros da Conmebol, e se dá em 17 de maio de 2013, dois dias depois do Boca eliminar o Corinthians em pleno Pacaembu. Na ocasião, o paraguaio Carlos Amarilla foi questionado pelos corintianos por dois gols anulados e um pênalti não assinalado.
Na conversa gravada, Gnecco relata como foi a decisão pela escolha do juiz paraguaio. A gravação é uma das 11 reveladas pelo programa de TV, que teve acesso às escutas usadas em uma investigação que começou em 2012 e teria investigado de sonegação de impostos em negociações de jogadores a manipulações no futebol.
Embora a apuração seja anterior à divulgação do escândalo da Fifa, a presença de Grondona une os dois casos, já que o argentino era vice-presidente da entidade internacional e foi citado no inquérito que prendeu sete cartolas em Zurique, José Maria Marin entre eles. (Folhapress)