Quarta-feira, 09 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 7 de maio de 2020
Além de colaborar com a saúde pública, apenadas têm o benefício da remição de pena pelos serviços prestados.
Foto: Ascom Seapen/SusepeA SES (Secretaria Estadual da Saúde) informou no final da tarde desta quinta-feira (7) que o Rio Grande do Sul chegou a 91 óbitos. O Estado tem 2.182 casos confirmados de coronavírus em 170 municípios.
O novo óbito associado ao coronavírus foi confirmado em Marau: uma idosa de 98 anos que tinha histórico de doença pulmonar crônica e diabetes.
A atualização teve 53 novos casos contabilizados, em residentes de: Boa Vista do Sul – 1; Cachoeira do Sul – 1; Carazinho – 1; Carlos Barbosa – 1; Caxias do Sul – 2; Cruzeiro do Sul – 1; Espumoso – 1; Esteio – 1; Estrela – 1; Farroupilha – 1; Garibaldi – 1; Lajeado – 14; Marau – 3; Montenegro – 2; Nova Bréscia – 1; Novo Hamburgo – 1; Passo Fundo – 5; Paverama (novo) – 1; Poço das Antas – 1; São Leopoldo – 2; São Sebastião do Caí – 2; Sapucaia do Sul – 3; Taquari – 6.
Apenadas de Bento Gonçalves reforçam produção de máscaras de proteção
Dez apenadas da Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves produzem máscaras de proteção de TNT. Para o projeto inicial, três máquinas de costura foram doadas por uma empresária, por intermédio do Conselho da Comunidade, que disponibilizou tecidos, linhas e elásticos, entre outros materiais, para a confecção das máscaras.
A Seapen (Secretaria da Administração Penitenciária) e a Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários) também investiram em máquinas de costuras para a produção, que é de até mil unidades por semana, em média de 200 por dia.
Não apenas quem recebe o equipamento de proteção individual é beneficiado. Quem está na linha de produção ganha oportunidade de inclusão social por meio da colaboração com a saúde pública, além de vantagem da remição de pena pelos serviços prestados (três dias trabalhados equivalem à redução de um dia da pena).
De acordo com a presidente do Conselho da Comunidade do município, Regina Zanetti, as apenadas passaram por capacitação para manejar as máquinas, bem como receberam treinamento, com noções básicas de corte e costura.
“Elas estão orgulhosas em fazer parte dessa rede de solidariedade que foi instituída no município para o combate à pandemia da Covid-19”, acrescentou Regina. “Poder ajudar o próximo e ter uma oportunidade de aprender um novo ofício é gratificante, e o conselho apoia toda e qualquer ação em prol do trabalho prisional.”
Um lote das peças já foi entregue para a população, e outro, destinado para uso e proteção dos servidores penitenciários. Conforme o diretor da penitenciária, Volnei Zago, a ideia é confeccionar um produto de qualidade, o que inclui um processo final de esterilização, higieninzação e acondicionamento adequado das máscaras
O dentista e técnico superior penitenciário André Michielin, responsável pela assepsia e desinfecção das máscaras, também auxilia nas questões de higiene e regras sanitárias no ambiente prisional. “No último dia 24, na segunda fase do projeto, a penitenciária recebeu da Seapen e da Susepe todos os insumos para a produção das máscaras de proteção conforme as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, informou Zago.
As máscaras são separadas em lotes de 20 peças. No fim do dia, a produção é contabilizada e depois enviada para o dentista efetuar a higienização. Após este processo, são embaladas, etiquetadas e lançadas no sistema pela assistente social, Jaqueline Vincensi, coordenadora do projeto.
“Valorizamos e reconhecemos todo o empenho das apenadas que integram a oficina. Estamos conseguindo desenvolver um trabalho no qual a pessoa privada de liberdade consegue se reconhecer enquanto sujeito e se sentir pertencente a um espaço”, acrescentou Jaqueline. Parte da produção vai para a 7ª Delegacia Penitenciária Regional, que repassa as máscaras para outros estabelecimentos prisionais da região.
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