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Brasil A escalada de declarações polêmicas do presidente Bolsonaro acelerou no PSDB um movimento para se descolar do governo

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A escalada de declarações polêmicas do presidente Jair Bolsonaro acelerou no PSDB um movimento para se descolar do governo federal. Depois de críticas às falas de Bolsonaro feitas por dois de seus três governadores – João Doria (São Paulo) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) –, o partido se posicionou nesta semana, demarcando diferenças em relação ao presidente.

“Gente, fica a dica: ser contra a ditadura no Brasil não é ser de esquerda ou comunista. É apenas respeitar a história e ser absolutamente contra todas as atrocidades cometidas durante o período”, escreveu o PSDB nas suas redes sociais. Foi a primeira vez que a nova direção do partido, empossada em maio, usou seus perfis para se contrapor a uma declaração do presidente da República.

Na quarta-feira (31), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reforçou a ofensiva tucana. “O presidente despreza os limites do bom senso por sua incontinência verbal. Contraria documentos oficiais sobre o pai do presidente da OAB e dá vazão a rompantes autoritários. Prejuízo para ele e para o Brasil: gostemos ou não foi eleito. O que diz repercute e afeta nossa credibilidade”, escreveu FHC no Twitter.

Lideranças nacionais do partido afirmam que o período de “observação” do presidente acabou e que a legenda passará a se manifestar contra “radicalismos” de Bolsonaro. A orientação vale também para seus ministros.

Na segunda-feira (29), Bolsonaro, descontente com a atuação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no caso de Adélio Bispo, autor da facada contra o militar, disse que poderia explicar ao presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, como o pai dele desapareceu durante a ditadura.

“Quem é essa OAB? Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Conto para ele”, disse.

A reação tucana veio em duas frentes. João e Leite abandonaram o tom moderado e reprovaram publicamente Bolsonaro. “Lamentável, inaceitável e infeliz” foram as expressões usadas por eles para se referir à postura do presidente.

O PSDB acredita que, para ter chance na próxima disputa presidencial, precisa se descolar do presidente, a quem muitas de suas lideranças deram apoio em 2018, e se reconectar com o eleitorado mais moderado, aquele que optou por Bolsonaro por medo de uma vitória do PT e não por apoiar suas ideias.

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