Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de agosto de 2019
O PSDB de São Paulo enviou nesta terça-feira (20) ao diretório nacional do partido um pedido para a expulsão do deputado federal Aécio Neves. A executiva estadual aprovou o documento por unanimidade na noite da última segunda (19).
O documento, que deve ser apreciado nesta quarta-feira (21), pede o afastamento imediato de Aécio e o posterior julgamento de sua expulsão definitiva. O processo será agora distribuído a um relator, que iniciará o procedimento para julgar a admissibilidade do pedido.
“A gente pede a celeridade (do julgamento). O prazo total é de três meses, mas achamos que não deve demorar tanto assim”, afirmou Marco Vinholi, presidente do diretório estadual paulista. “Ele terá amplo direito à defesa. Nós nos baseamos no inquérito do STF (Supremo Tribunal Federal). A partir disso, a Comissão de Ética poderá avaliar essas infrações.”
Nesta terça, o governador de São Paulo, João Doria, voltou a defender a desfiliação do deputado federal.
“A meu ver, o deputado Aécio Neves tem todo o direito a formular sua defesa, na plenitude, confiante na sua inocência, confiante também na Justiça, mas pode fazê-lo fora do PSDB”, disse Doria, ao ser questionado sobre o futuro de Aécio.
Aécio tornou-se réu no STF em abril de 2019 sob acusação de corrupção passiva e obstrução de Justiça, mas ainda não foi julgado. Questionado sobre os 16 meses sem punição dentro do partido, Vinholi tergiversou
“Nós tivemos várias etapas de construção desse modelo que o PSDB está se dispondo. Na última convenção nacional, foi o único partido a aprovar regras claras para todos os seus filiados. Foi um amadurecimento do partido e todas as legendas têm problemas éticos e morais. O que o PSDB está fazendo de diferente é se debruçar sobre esses problemas e passar de forma clara para a sociedade como ele atua sobre isso”, declarou.
Na mesma noite em que formalizou o pedido de expulsão de Aécio, a executiva também arquivou o documento que solicitava o cancelamento da filiação de Alexandre Frota.
Assinado por José Anibal, ex-presidente nacional do PSDB, e por Pedro Tobias, ex-presidente paulista da sigla, o pedido se baseava nas recentes ofensas ditas por Frota, em especial, contra Geraldo Alckmin. A executiva declarou não ter atribuição para processar o pedido.