Segunda-feira, 14 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 2 de fevereiro de 2021
O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu 0,49% em Porto Alegre na última semana de janeiro, ficando 0,17 ponto percentual abaixo da taxa registrada nos sete dias anteriores.
Com esse resultado, o indicador acumula alta de 4,75% nos últimos 12 meses, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (2) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Nesta edição, quatro das oito classes de despesa que compõem do índice apresentaram desaceleração em suas taxas de variação na capital gaúcha.
Dentre as quais se destacam os grupos habitação e alimentação, cujas taxas passaram de -0,09% para -1,04% e de 1,98% para 1,67%, respectivamente.
Além de Porto Alegre (0,66% para 0,49%), a inflação para o consumidor recuou em outras cinco capitais pesquisadas pela FGV na quarta semana de janeiro.
Como é feito o cálculo
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mede a variação de preços de um conjunto fixo de bens e serviços componentes de despesas habituais de famílias com nível de renda situado entre um e 33 salários-mínimos mensais.
A pesquisa de preços é desenvolvida diariamente, cobrindo sete das principais capitais do País: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília.
Com base na POF construiu-se a composição final das versões do Índice de Preços ao Consumidor. Os bens e serviços que integram a amostra foram classificados em oito grupos ou classes de despesa, 25 subgrupos, 85 itens e 338 subitens.
As oito classes de despesa são: Alimentação, Habitação, Vestuário, Saúde e Cuidados Pessoais, Educação, Leitura e Recreação, Transportes, Despesas Diversas e Comunicação.
No caso específico do IPC-S, calculado desde 2003 (e que serve de base para reajustes salariais e contratos de aluguéis, por exemplo), a evolução de preços é registrada de maneira quadrissemanal, com fechamentos nos dias 7, 15, 22 e 30 de cada mês. São sempre consideradas quatro semanas (por isso o nome quadrissemana).
Por exemplo, no fechamento do dia 7 do mês atual, o cálculo é realizado com base nessa primeira semana e nas três últimas do mês anterior. Já no fechamento do dia 15, o cálculo considera as duas últimas semanas do anterior e as duas primeiras do atual.
São consideradas as variações de preços de 456 itens definidos por meio da POF. Esta indica o que cada família gasta em média e quais itens possuem maior relevância. Além disso, também tem como finalidade incorporar produtos e serviços novos.
Esses produtos e serviços são distribuídos em sete classes de despesas (listadas, a seguir, pela ordem de peso no cálculo da pesquisa, da maior para a menor):
Habitação (31,51%), alimentação (27,20%), transportes (12,76%), saúde e cuidados pessoais (10,53%; inclui remédios e higiene pessoal), educação, leitura e recreação (8,63%), vestuário (4,80%) e despesas diversas (4,57%; inclui gastos como cartório, loteria, correio, mensalidade de Internet, cigarro e outros).
(Marcello Campos)