Segunda-feira, 21 de julho de 2025

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Brasil A OMS vê tendência de “estabilização ou queda” em contágio do coronavírus no Brasil

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Para OMS, ainda há muito a ser feito no Brasil. (Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília)

A crise do coronavírus no Brasil aparenta estar se estabilizando, disse nesta sexta-feira (21) o diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, indicando uma luz no fim do túnel para o segundo país mais afetado pela Covid-19 no mundo.

O número de infecções detectadas por semana se estabilizou, a transmissão está desacelerando e as unidades de terapia intensiva estão menos pressionadas no país, disse Ryan, em entrevista coletiva na sede da entidade, em Genebra.

“No geral, a tendência no Brasil é de estabilização ou queda… e isso precisa continuar acontecendo”, disse Ryan.

“Há uma tendência clara de queda em muitas partes do Brasil. A questão é: isso é uma aquietação? Isso pode ser algo contínuo?”, acrescentou.

Dados do Ministério da Saúde indicam que o Brasil já registrou mais de 3,5 milhões de casos do novo coronavírus e mais de 112 mil mortes relacionadas ao vírus. Ambos os números são os segundos maiores do mundo, abaixo somente dos Estados Unidos.

Apesar da tendência recente, Ryan pediu cautela. Como o Brasil é um país muito grande, várias regiões ainda estão verificando um aumento no número de casos, enquanto a contagem de infecções segue em torno de 50 mil por dia e o número de mortes ainda supera 1 mil na maioria dos dias, disse ele.

Ryan afirmou que ainda há muito a ser feito no Brasil, mas disse que o controle da doença por países grandes, como Brasil, Índia e EUA, é um importante passo para que a pandemia seja reduzida globalmente.

“Qualquer sucesso do Brasil é um sucesso para o mundo”, disse Ryan.

Testes

O Brasil fez quase 11 milhões de testes de Covid-19 desde o início da pandemia, mas apenas 38% deles são do tipo RT-PCR – capaz de identificar se o vírus ainda está ativo no corpo humano –, segundo um levantamento exclusivo do portal G1 junto às secretarias estaduais de saúde.

Especialistas alertam que a testagem no País não é eficaz uma vez que no Brasil se fazem mais testes sorológicos – que revelam quem já teve o vírus – do que exames RT-PCR. É só a partir desse segundo tipo que é possível identificar as infecções e rastrear contatos.

O Ministério da Saúde separa os testes para o novo coronavírus em duas categorias: RT-PCR e sorológicos.

O RT-PCR é o que analisa uma amostra do material genético coletado na narina e garganta do paciente para detectar a presença ou não do vírus ativo no organismo dela. Para isso é necessária uma máquina específica de laboratório, e por isso ele leva mais tempo para ser processado.

Já na categoria de testes sorológicos existem vários tipos de testes, com metodologias distintas e que podem ou não ser feitos fora dos laboratórios.

A pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Tatiane Moraes, explicou que ao se fazer testes sorológicos, “estamos olhando para o passado”. Ela explica que ele não é indicado para controlar a pandemia e serve como um registro de quem já se infectou.

“Pode ser há um mês atrás, há duas semanas atrás, a gente não sabe”, disse Moraes. “A gente não vê, a gente não identifica uma política de testagem. Quando a gente fala de política de testagem – é qual é a prioridade de teste. O tipo de teste e qual a prioridade por grupo que deve ser testado.”

Alta positividade

A taxa de positividade – que compara o número de resultados positivos para o vírus em relação aos testes realizados no País – dos exames de Covid-19 segue alta no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, ela está em 32,6%. A recomendação da OMS é que este número não passe dos 5%.

Para o doutor em microbiologia, Atila Iamarino, não aumentar a capacidade do país em ampliar o número de testes do tipo RT-PCR no Brasil é um erro. Segundo ele, há uma maior oferta de novos testes que identificam o vírus ativo, mais baratos e eficientes que os aplicados no País.

“Apesar do aumento do volume de testes total grande parte dos novos testes que o Brasil tem feito nos últimos meses são imunológicos”, disse Iamarino.

“Os testes de laboratório seguem numa quantidade constante desde mais ou menos o meio do final do mês de maio. Esse número precisa aumentar se a gente quer seguir pra uma reabertura consciente e controlando a situação daqui pra frente”, disse Iamarino.

Testes por Estado

O levantamento apresentou também como é a distribuição dos dois tipos de testes no País, por Estado. São Paulo aparece no topo da lista e, de março até agosto foram feitos 3 milhões de testes. No Estado, 61% dos exames foram do tipo RT-PCR, menos de 30% foram realizados na rede pública.

A região Sudeste é a que mais realizou testes para Covid-19 desde o início da pandemia. Foram 4.752.981 diagnósticos realizados, o que significa que a cada dez testes realizados no Brasil, quatro estão nesta região.

Em segundo lugar está o nordeste, que fez cerca de 24% de todos os testes para coronavírus no País. Foram 2.660.020, segundo as secretarias estaduais de Saúde.

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https://www.osul.com.br/a-organizacao-mundial-da-saude-ve-tendencia-de-estabilizacao-ou-queda-em-contagio-do-coronavirus-no-brasil/ A OMS vê tendência de “estabilização ou queda” em contágio do coronavírus no Brasil 2020-08-21
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