Sexta-feira, 01 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 25 de julho de 2020
Já imaginou receber uma ajuda do governo para passar as férias dentro de seu próprio país? Essa é a proposta das autoridades russa para incentivar o turismo doméstico após o período de quarentena. Viajantes russos poderão receber até o equivalente a mil reais em gastos no território nacional durante o mês de agosto, o ápice do verão no Hemisfério Norte.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Mikhail Michustine. Segundo ele, o valor do reembolso será entre 5.000 e 15.000 rublos (algo entre R$ 365 e R$ 1.096), dependendo da viagem. De acordo com a Associação Russa de Operadores de Turismo, o reembolso será feito apenas no caso de compra de uma viagem de pelo menos cinco noites pagas com cartão de crédito do sistema russo Mir. As viagens precisam custar pelo menos 25.000 rublos (ou R$ 1.826).
A medida pode ser uma solução para boa parte dos russos, que tiveram suas opções de viagem de verão bem reduzidas. Com mais de 789 mil casos de novo coronavírus e 12 mil mortes registradas na Rússia, seus cidadãos estão proibidos de entrar em muitos lugares do mundo, inclusive a União Europeia. O bloqueio, no entanto, vem sendo constantemente driblado pela parcela mais rica da população.
Longe de entrincheirar-se em suas mansões, os milionários russos, acostumados a passar o verão no exterior, conseguem deixar o país em aviões particulares, apesar do fechamento das fronteiras, para passar férias quase normais em tempos de pandemia. Além de jatinhos, muitos deles possuem passaporte ou visto de residência estrangeiro e residências secundárias em Londres, Chipre, Mônaco ou Nice.
O mesmo vale para helicópteros, que muitos milionários usam para se locomover dentro da Rússia Segundo o jornal econômico “RBK”, o número desses voos mais que dobrou entre abril e meados de junho nos aeroportos de Moscou, passando de 400 para 850 por mês. E em quase metade dos casos, é para um destino internacional.
Quem não tem um jatinho particular pode alugar um. Para aviões com capacidade para 13 pessoas, o preço, dependendo do destino, começa em 4 mil euros. Ainda existem voos de companhias aéreas para deixar a Rússia, mas são poucos e muito caros. A locadora ainda cuida da documentação administrativa para obter autorização da agência de aviação Rosaviatsia.
Teste
O governo dos Estados Unidos afirmou que a Rússia testou arma capaz de atingir satélites em órbita. Segundo os Estados Unidos, a ação seria “coerente com a doutrina militar publicada pelo Kremlin para empregar armas que coloquem em risco os EUA e seus aliados no espaço“. A Rússia negou ter violado qualquer tratado internacional.
O Comando Espacial norte-americano disse, em comunicado, que a Rússia lançou em 15 de julho 1 “novo objeto em órbita”. O general John Raymond, chefe do Comando Espacial, afirmou que “o sistema de satélites russo usado para conduzir esse teste de armamentos orbital foi o mesmo sistema sobre o qual levantamos questionamentos no começo do ano, quando a Rússia manobrou perto de 1 satélite do governo dos Estados Unidos”. “Isso se soma às evidências dos esforços da Rússia para desenvolver e testar sistemas [de defesa] baseados no espaço”, completou.
“Os Estados Unidos, em coordenação com nossos aliados, estão prontos e comprometidos em impedir a agressão e defender a nação, nossos aliados e interesses vitais dos EUA de atos hostis no espaço“, concluiu Raymond.
Como resposta, a Rússia informou que os testes “não colocaram outros satélites em risco“. Argumentou ainda que”não violou normas ou princípios da Lei internacional” e que os Estados Unidos buscavam “desacreditar as ações espaciais russas“.
O Tratado do Espaço Sideral proíbe o posicionamento de armas de destruição em massa em órbita. Mas não diz nada sobre o desenvolvimento de atividades militares no espaço.