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Economia Acusações entre o Itaú e a XP Investimentos agitam o mercado financeiro no Brasil

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Mercado financeiro está agitado com os safanões entre o Itaú e a XP. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

O mercado financeiro está agitado com os safanões entre o Itaú e a XP. A história começou com um comercial do Personnalité que ironizava os conselhos de um assessor de investimentos. Para quem estava atento, parecia um cutucão no jeito de a XP trabalhar.

Depois, em artigo no Linkedin, Guilherme Benchimol, dono da corretora, escreveu que está “há 20 anos lutando contra um sistema financeiro concentrado que nunca inovou”. Disputas empresariais são corriqueiras e até divertidas, como mostram os embates entre gigantes como Coca-Cola e Pepsi, imortalizados nas propagandas de TV, ou entre as fabricantes de materiais esportivos Puma e Adidas, que nasceram depois de dois irmãos brigarem pelo controle da empresa Dassler Brothers – cada um foi para o seu canto e criou a própria marca.

Itaú e XP chamam a atenção por um fator extra: o Itaú é dono de 49,9% das ações da corretora devido um acordo firmado em 2017. Essa aquisição parecia fazer parte de uma estratégia do Itaú de não comprar briga com as corretoras digitais independentes, que vinham ganhando uma grande fatia do mercado, em detrimento de seus clientes continuarem investindo nas corretoras de grandes bancos, ao mesmo tempo que permitia adquirir inovação.

Com a pandemia e a grande queda do preço de diversos ativos de investimentos, o Itaú parece ter mudado um pouco de estratégia e caminhou para o combate com as corretoras, tentando reconquistar seus clientes.

No vídeo do Itaú Personnalité, o humorista Marcos Veras age como se fosse um cliente de uma corretora digital independente em 2019: A moda aqui em 2019 é ter conta em corretora. Meu assessor (assessor também está na moda) insiste o tempo todo: investe nisso, investe naquilo. Não tem risco”.

Mas, em seguida, o mesmo ator, simulando já estar em 2020 durante a atual crise, dispara “aqui em 2020 deu para ver que não tinha risco para ele [assessor], né? Que ganhava comissão por tipo de investimento”.

O que está implícito na mensagem é que os agentes autônomos de investimentos ganham comissões diferentes por tipo de produtos de investimentos diferentes, prejudicando a isenção de oferta de produtos a seus clientes investidores e comprometendo a exposição ao risco de cada tipo de investimento inerente a cada ativo.

Haveria um conflito de interesses, já que os assessores teriam incentivo a oferecer um investimento que fosse mais interessante para ele, e não para quem investe.

Para quem está se perguntando se isso seria verdade, a resposta é: sim, é verdade.

O agente autônomo de investimentos, figura popular em corretoras como a XP, é o profissional que auxilia os investidores na escolha dos melhores produtos de investimentos adequados ao perfil, objetivos e realidade de cada investidor, que, aparentemente, não paga nada por isso.

Esse profissional, na verdade, recebe comissões baseadas em cada investimento que seu cliente faz. E o valor varia dependendo do tipo de investimento feito. O investimento em um título do Tesouro Direto gera comissão muito menor que o investimento em um fundo ou um COE, por exemplo, que embutem maior risco.

É daí que vem a crítica na propaganda do Itaú.

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