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Variedades Aos 86 anos, Sophia Loren volta às telas como uma ex-prostituta em história comovente

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Ibrahima Gueye vive o órfão Momo e Sophia Loren encarna Madame Rosa em "Rosa e Momo". (Foto: Divulgação)

O filme “Rosa e Momo”, que acaba de estrear na Netflix, faz pensar sobre o que aconteceu com Sophia Loren. Longe das telas há dez anos (quando atuou numa produção para a TV), a atriz há muito priorizou a vida familiar sobre a carreira. Agora, conseguiu unir as duas. Aos 86 anos, a gigante italiana que praticamente definiu o glamour internacional é o destaque do longa-metragem, dirigido e corroteirizado por Edoardo Ponti, o caçula de seus dois filhos.

Na trama, terceira colaboração entre Loren e Ponti, ela interpreta uma ex-prostituta sobrevivente do Holocausto. Conhecida como Madame Rosa, ela acolhe filhos de outras prostitutas e acaba aceitando cuidar de um menino órfão senegalês, Momo (Ibrahima Gueye), com quem desenvolve uma comovente relação de afeto.

A mensagem de tolerância do filme – adaptação do romance ‘A vida pela frente’, de Émile Ajar – a trouxe de volta à atuação, mas a necessidade de uma conexão pessoal com o trabalho também a tornou seletiva sobre os projetos que aceita, diz ela, falando num inglês enferrujado.

Vencedora do Oscar de melhor atriz por “Duas mulheres”, de Vittorio De Sica, em 1962, além de ter recebido um Oscar honorário, em 1991, Loren continua uma referência para a cultura contemporânea. “Zoo Be Zoo Be Zoo”, sua versão da música pop “Zou Bisou”, ressurgiu numa cena da série “Mad Men”, que ela nem viu. Sophia Loren diz que não se sente pressionada a seguir tendências.

1-Você começou a fazer menos filmes a partir de 1980, sete anos após o nascimento de Edoardo e 12 anos após o nascimento de Carlo Jr., seu primogênito. Por que diminuiu o ritmo?

Na época, me perguntei: “O que você quer da vida, Sophia?” Eu disse: “Quero uma boa família”, o que eu tinha. “Eu quero dois filhos”, o que eu tinha. “Mas eu nunca os vejo.” Então disse a mim mesma: “De agora em diante, talvez eu diminua um pouco o ritmo”. Mas não diminuí um pouco: simplesmente não estava mais trabalhando. Não porque eu não gostasse de trabalhar; queria saber mais sobre minha família, porque muitas vezes morava no estúdio. Eu realmente me surpreendi ao dizer: “Sophia, é melhor que você pare de atuar por enquanto e recupere mais tarde.” Parei de fazer filmes há muito tempo, mas fiquei muito feliz porque vi meus filhos crescerem, casarem e terem seus próprios filhos. (Carlo Ponti, seu marido por 50 anos, morreu em 2007.)

2-Que tipo de roteiros você recebe?

Ainda recebo muitos, mas nenhum falou comigo como “Rosa e Momo” fez. É por isso que não trabalhei por quase dez anos. Eu queria encontrar um papel que realmente me inspirasse e me desafiasse. Madame Rosa foi essa personagem, não só pelas emoções diferentes e por vezes opostas, mas também pela mensagem de tolerância, amor e inclusão que o filme expressa.

3-Você às vezes se descreve como ‘perfeccionista’. ‘Rosa e Momo’ é sua terceira colaboração com Edoardo. Ficou mais fácil ser dirigida por seu filho?

Eu sou perfeccionista, mas ele também. Edoardo me dá segurança. Ele também nunca desiste até que eu dê o meu melhor. Ele não se contenta com nada menos do que isso, e sabe exatamente quais botões apertar para tirar algo de mim. Quando Edoardo diz “É isso” depois de filmarmos uma cena, sei que minha atuação é exatamente o que ele esperava. É um sentimento maravilhoso para uma atriz, porque você tem certeza do que está fazendo.

4-O que diretores como Vittorio De Sica lhe ensinaram?

De Sica me ensinou a ser verdadeira comigo mesma e a seguir meus instintos, não uma tendência. É mais fácil falar do que fazer, mas isso é importante. Eu tinha 17 anos quando o conheci . (Ela trabalharia com ele mais tarde em “O Ouro de Nápoles”, 1954, a primeira de várias colaborações.) De Sica foi um santo para mim, o maior diretor do mundo. E ele queria me ver: “Ah, você é de Nápoles. Eu tenho algo para você.” Foi assim que minha carreira no cinema começou, com Vittorio De Sica.

5-Você acompanha filmes contemporâneos ou programas de TV?

Eu assisto principalmente às notícias na televisão, mas gostei particularmente de “The Crown”.

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