Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de maio de 2025
Bolsonaro ficou 22 dias internado no Hospital DF Star, em Brasília.
Foto: ReproduçãoO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste domingo (4), após receber alta hospitalar, que a história vai “fazer justiça” com a cabelereira Débora Rodrigues, que ficou conhecida por ter pichado com batom a estátua da Justiça em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Ele ainda comparou a situação de “Débora do Batom” com a da ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia, que recebeu asilo político do governo Lula (PT). Esposa do ex-presidente Ollanta Humala, Nadine solicitou asilo diplomático ao Brasil e foi trazida ao País em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) deslocado pelo governo federal em 16 de abril.
“Não adianta alguém falar que anistia é perdão e o que aconteceu é imperdoável. Não teve uma gota de sangue, não teve uma arma de fogo, nada”, disse Bolsonaro a jornalistas e a uma plateia de apoiadores.
E completou: “A Polícia Federal vai lá em Paulínia pegar a Débora, deixar dois filhos chorando para trás para cumprir o restante dos 14 anos de prisão? É humanitário o acolhimento da primeira-dama do Peru por corrupção e a Débora com duas crianças pequenas em casa? A história vai fazer justiça com ela”.
Bolsonaro ficou 22 dias internado no Hospital DF Star, em Brasília, por conta de uma nova cirurgia para corrigir uma obstrução intestinal. O novo procedimento é mais um dos que o ex-mandatário fez em decorrência da facada que levou na campanha presidencial de 2018.
A alta veio na manhã deste domingo, por volta das 11h, após 22 dias de internação. Ele deixou o hospital acompanhado pela equipe médica e pela esposa e ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Apoiadores, que fizeram vigília ao longo da internação, acompanharam em oração o momento da alta. O ex-presidente, agora, segue o tratamento em casa, também em Brasília.
Bolsonaro ainda criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que o vinculou aos atos de 8 de Janeiro, enquanto o ex-presidente estava nos Estados Unidos.
No fim de abril, Débora Rodrigues teve a condenação confirmada por maioria da Primeira Turma do STF. Além de ter pichado com batom a frase “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, crime de deterioração de patrimônio tombado, Débora também foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Não há ainda, no entanto, definição sobre a pena, devido à divergência entre os ministros pelo crimes que Débora cometeu. Débora é casada e tem dois filhos, de 8 e 10 anos. Ela é natural de Irecê, na Bahia, mas mora em Paulínia, interior de São Paulo.
Débora foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em julho de 2024 por associação criminosa armada, golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado, entre outros crimes. Em agosto do mesmo ano, a Primeira Turma aceitou a denúncia por unanimidade. O caso é julgado pela Primeira Turma da Corte, que também é formada pelo relator, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
O placar está 2×0 para a condenação com 14 anos de pena. Fux votou pela pena de 1 ano e 6 meses. Moraes afirmou ter sido comprovado nos autos que Débora teve envolvimentos com a “empreitada criminosa” que culminou nos atos de 8 de Janeiro.
As informações são do portal de notícias Metrópoles.