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Brasil Após lipo, uma paciente foi internada com suspeita de estar com o intestino perfurado

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A polícia foi à clínica da médica Geysa Leal Corrêa para fazer uma perícia no local. (Foto: Reprodução)

Uma mulher de 23 anos, moradora de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio de Janeiro, está internada no Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, após passar por uma hidrolipo com a médica Geysa Leal Corrêa, responsável por fazer a lipoescultura na professora Adriana Ferreira, de 41 anos, que morreu na segunda-feira. De acordo com o advogado da paciente, Guilherme Frederico, Gabriela (como foi identificada pela polícia) chegou a relatar à médica que achava que estava saindo comida pelo local onde o procedimento foi feito, mas Geysa respondeu a mensagem por áudio sugerindo que a paciente comesse a secreção. Segundo o advogado, sua cliente estaria com o intestino perfurado.

O caso já está sendo investigado pela 77ª DP (Icaraí). A jovem contou para o advogado que realizou o procedimento estético na clínica de Geysa, no último dia 10 de julho, e pagou R$ 4,2 mil à médica. Mas assim que chegou em casa já começou a sentir muitas dores pelo corpo. No dia seguinte, uma secreção passou a sair da barriga dela. Assustada, a jovem mandou mensagens para a médica em que relatava que havia tomado uma sopa e que tinha a impressão de que o alimento estava saindo pelo ponto por onde havia sido feito o procedimento.

“A médica respondeu por áudio de maneira pouco respeitosa e chegou a falar para a minha cliente experimentar para saber se realmente era comida. Já levei todo esse material para a delegacia e fizemos a comunicação do fato. Nós vamos aguardar, agora, o andamento das investigações para saber os próximos passos que tomaremos. O que a gente está preocupado é com o estado de saúde da minha cliente. Ela já passou por vários procedimentos e está com muita dificuldade para falar”, disse o advogado.

Antes de ser internada, Gabriela chegou a voltar ao consultório da médica, que receitou muitos antibióticos e anti-inflamatórios, o que gerou uma despesa de mais de R$ 700 para a paciente e mesmo assim não adiantou em nada. No dia 18, a jovem acabou sendo internada.

Nos áudios, Geysa chega a debochar da paciente: “Amore, eu acho que você deveria comer para ver se é tomate ou cenoura. Que isso aí para mim é gordura. Me desculpe, mas não fala besteira. Quanto mais besteira você pensar, mais vai ficar estressada e vai me estressar à toa. Então deixa eu ver primeiro antes de você ficar falando besteira. Uma hora é agrião, daqui a pouco vira uma salada de frutas. Isso é gente que está botando coisas na sua cabeça. Então vem aqui. Eu vou ver direito. Se você quiser, você come pra provar para ver se é uma coisa ou outra”, disse a médica, que terminou o áudio se desculpando e dizendo que era uma brincadeira.

Clínica

A delegada titular da 77ª DP, Raíssa Celles, foi na tarde de sexta-feira (27) à clínica de Geysa, em Icaraí, para periciar o local. O consultório onde a médica costuma fazer os procedimentos estéticos está fechado desde segunda, quando a professora Adriana morreu:

“Nós estamos acompanhados pela Vigilância Sanitária de Niterói e o objetivo é verificar se o local está adequado para a realização de procedimentos como o da paciente Adriana. Também já temos conhecimento do outro caso da jovem que está internada. O advogado dela já fez o registro de ocorrência e, se for necessário, enviaremos uma equipe ao hospital para colher o depoimento dela.”

A vistoria na clínica durou pouco mais de duas horas e foi acompanhada por um médico perito da Polícia Civil e um agente da Vigilância Sanitária. Os dois órgãos vão emitir dois laudos em até 30 dias:

“A nossa parte já foi feita. E já liberamos o consultório da médica. Agora, vamos enviar alguns questionamentos para os conselhos Estadual e Federal de Medicina sobre a atuação da profissional”, disse a Raíssa Celles.

Na quinta-feira a médica prestou depoimento na 77ª DP (Icaraí). Ela disse aos investigadores que, apesar de não ter registro para atuar na área de cirurgia plástica, está habilitada para praticar qualquer ato médico. Geysa, ficou por duas horas e meia dando explicações aos investigadores e saiu do local sem falar com a imprensa. Em seu depoimento, ela disse que pediu exames para que a paciente pudesse realizar a cirurgia tanto em sua clínica, como em um centro cirúrgico.

O grupo intitulado “Divas da Dra. Geysa”, com cerca de 15 pacientes e amigas da médica, se reuniu em frente à delegacia para apoiá-la. Demonstrando muita agressividade, algumas chegaram a agredir jornalistas. Empolgadas, elas gritavam o nome da médica e tiravam muitas fotos. Questionada por uma jornalista da “TV Globo”, que teve o braço arranhado, uma delas respondeu: “Nós também estamos trabalhando”.

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