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Política Após resistências, CPI da Covid pede à Polícia Federal “com máxima urgência” servidores experientes em análises de sigilos

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Sócio da Precisa Medicamentos enviou ofício à comissão. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Depois de resistências de delegados e de senadores da oposição, o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), encaminhou ao diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, um ofício no qual pediu “com máxima urgência” a colaboração de pelo menos três policiais para auxiliar nas investigações da comissão.

O documento foi disponibilizado na página do CPI nesta segunda-feira (14) e diz que os policiais a serem designados devem ter “experiência em análise de sigilos”.

Na semana passada, a CPI aprovou a quebra de sigilos de cerca de 20 pessoas, entre as quais os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Itamaraty), além da secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro.

Vários dos alvos das quebras de sigilo recorreram ao Supremo Tribunal Federal. Em alguns casos, o STF manteve a decisão da CPI. Em outros, suspendeu as quebras.

A cúpula da CPI vem encontrando dificuldade na requisição de delegados para ajudar nas investigações.

Esses policiais, segundo relatos, estariam com “medo” de serem retaliados pelo comando da PF, subordinada ao Ministério da Justiça.

Além disso, senadores que fazem oposição ao Palácio do Planalto têm receio de que o envio de policiais eventualmente alinhados ao presidente Jair Bolsonaro possa se tornar um obstáculo no avanço de investigações sobre o governo.

“Requisito a vossa senhoria [Paulo Maiurino], com máxima urgência, convênio com este colegiado para a designação de ao menos três servidores da carreira policial, com acesso aos sistemas e experiência em análises de sigilos, para auxiliar o colegiado na condução das investigações”, diz o documento encaminhado por Omar Aziz.

Servidores

Em entrevista à GloboNews, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a CPI já conta com o auxílio da consultoria do Senado e que solicitou também o trabalho de dois auditores da Receita Federal.

“O óbice, de fato, é a disponibilização de algum agente da PF, de algum delegado da PF, para [auxiliar] principalmente na fase que nós vamos chegar agora, que é a da quebra do sigilo. É nessa fase que nós vamos precisar de delegados e especialistas dessa natureza”, disse Randolfe.

Segundo o parlamentar, até o momento, a cúpula da CPI não contou com a “boa vontade” do Executivo na disponibilização de servidores “por razões óbvias”.

“Mas nós vamos conseguir, por mais que o governo queira obstruir as investigações, como estão obstruindo, por mais que os parlamentares governistas queiram investigadores só para eles e não para o colegiado, nada vai impedir que a investigação chegue a bom termo”, acrescentou o senador da Rede.

O senador se referiu a um pedido, apresentado pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO), um dos aliados do Palácio do Planalto na CPI, para que sejam disponibilizados delegados da PF para assessorar somente a tropa de choque governista. Esse requerimento ainda não foi votado.

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