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Geral Astrônomos desvendam novas pistas de supernova que explodiu há mais de 30 anos

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Consequências de explosão que aconteceu há 33 anos são um mistério. (Foto: NRAO/AUI/NSF, B. Saxton)

Em 1987, a explosão da supernova 1987A foi detectada da Terra graças aos neutrinos emitidos pelo fenômeno. Até recentemente, porém, os astrônomos não sabiam o que tinha ocorrido naquela região do espaço após a explosão. A principal hipótese era que uma estrela teria nascido uma estrela, mas nenhuma evidência havia sido encontrada.

As investigações seguiram durante as últimas três décadas até que, entre 2019 e 2020, dois artigos científicos decisivos foram publicados no The Astrophysical Journal. Os estudos, que contaram com astrônomos de diversas instituições de pesquisa em vários países, contaram com os achados feitos no observatório Alma, no Chile.

O conjunto de telescópios de última geração identificou uma mancha brilhante da supernova. Investigando mais a fundo, os cientistas perceberam que aquele “borrão” pode ser indício de uma estrela de nêutrons, o tipo mais mais massivo do Universo.

“Ficamos muito surpresos ao ver este borrão quente feito por uma espessa nuvem de poeira remanescente da supernova”, disse Mikako Matsuura, da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, e coautora de uma das pesquisas, em comunicado. “Tem que haver algo na nuvem que aqueça a poeira e que a faça brilhar. Por isso, sugerimos que haja uma estrela de nêutrons escondida dentro da nuvem de poeira.”

O estudo de 2020, publicado no último dia 30 de julho, concorda com a análise teórica feita por outra equipe de astrônomos e divulgada em novembro de 2019. “Apesar da complexidade suprema de uma explosão de supernova e das condições extremas que reinam no interior de uma estrela de nêutrons, a detecção de uma nuvem quente de poeira é uma confirmação de várias previsões”, explicou Dany Page, coautor da pesquisa publicada no ano passado.

Essas previsões foram a localização e a temperatura da estrela de nêutrons. De acordo com modelos de computador de supernova, a explosão “chutou” a estrela de nêutrons de seu local de origem com uma velocidade de centenas de quilômetros por segundo.

De acordo com os cientistas, a “mancha” observada está exatamente no lugar onde os astrônomos pensam que a estrela de nêutrons estaria hoje. Já sua temperatura, prevista em cerca de 5 milhões de graus Celsius, fornece energia suficiente para explicar o brilho detectado.

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