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Saúde Baixa ingestão diária de líquidos está associada a mais hormônios do estresse

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Quando o corpo sente desidratação, ele desencadeia a liberação de um hormônio chamado vasopressina. (Foto: Freepik)

Cientistas da Universidade John Moores de Liverpool, Inglaterra, descobriram que as pessoas que bebem menos líquido do que a ingestão diária recomendada apresentam uma maior resposta hormonal do estresse, o que está associado a um risco aumentado de doenças cardíacas, diabetes e depressão.

O estudo, publicado no Journal of Applied Physiology, apontou que esses indivíduos bebem menos de 1,5 litro de líquido — ou sete xícaras de chá — por dia e tinham uma resposta de cortisol ao estresse mais de 50% maior do que aqueles que atendiam às recomendações diárias de ingestão de água, ou seja, 2 litros para mulheres e 2,5 litros para homens.

“O cortisol é o principal hormônio do estresse do corpo e a reatividade exagerada do cortisol ao estresse está associada a um risco aumentado de doenças cardíacas, diabetes e depressão”, afirmou Neil Walsh, fisiologista da Universidade John Moores de Liverpool.

Walsh e sua equipe dividiram jovens adultos saudáveis em dois grupos de mesmo tamanho, representando os 25% com menor e maior ingestão diária de líquidos. O grupo com “baixo consumo de líquidos” consistia em indivíduos que normalmente bebiam menos de 1,5 litro de líquidos por dia — água e bebidas quentes, por exemplo.

O grupo com “alto consumo de líquidos” incluía indivíduos que atendiam regularmente às recomendações diárias de ingestão de água. Ambos os grupos foram pareados quanto a fatores chave conhecidos por influenciar as respostas ao estresse, como características psicológicas e sono.

Os participantes mantiveram seus hábitos habituais de consumo de bebidas alcoólicas por uma semana, durante a qual os níveis de hidratação foram monitorados em amostras de sangue e urina. Em seguida, os participantes foram submetidos ao Teste de Estresse Social de Trier, amplamente utilizado para simular o estresse do mundo real por meio de uma entrevista de emprego simulada e uma tarefa de cálculo mental.

“Ambos os grupos se sentiram igualmente ansiosos e apresentaram aumentos semelhantes na frequência cardíaca durante o teste de estresse. No entanto, apenas o grupo com baixo consumo de líquidos apresentou um aumento significativo no cortisol salivar em resposta ao teste de estresse”, explicou Daniel Kashi, membro da equipe do estudo.

Segundo o cientista, o grupo com baixo consumo de líquidos não relatou sentir mais sede do que o outro grupo, mas apresentaram urina mais escura e concentrada, sinais claros de má hidratação.

“Uma observação importante foi que a má hidratação foi associada a uma maior reatividade do cortisol ao teste de estresse. A reatividade exagerada do cortisol ao estresse tem sido associada a problemas de saúde a longo prazo”, afirmou.

Desidratação

Quando o corpo sente desidratação, seja por ingestão inadequada de líquidos ou perda excessiva de líquidos, ele desencadeia a liberação de um hormônio chamado vasopressina. Segundo os pesquisadores, a vasopressina atua principalmente nos rins, promovendo a reabsorção de água para manter o volume sanguíneo e o equilíbrio eletrolítico.

Essa liberação do hormônio sobrecarrega ainda mais os rins, que precisam trabalhar mais para concentrar a urina e manter o equilíbrio eletrolítico.

A vasopressina também atua no centro de resposta ao estresse do cérebro, o hipotálamo, onde pode influenciar a liberação de cortisol. Essa dupla função da vasopressina ajuda a manter o volume sanguíneo e o equilíbrio eletrolítico, mas também aumenta o cortisol.

Os pesquisadores afirmam que mais estudos de longo prazo precisam ser feitos para reforçar as descobertas, mas explicam que é necessário seguir as recomendações da quantidade ideal de ingestão de água — aproximadamente 2 litros de líquido por dia para mulheres e 2,5 litros para homens.

“Estar hidratado pode ajudar seu corpo a lidar com o estresse de forma mais eficaz. Se você sabe, por exemplo, que tem uma agenda estressante, talvez um prazo iminente ou um discurso a fazer, manter uma garrafa de água por perto pode ser um bom hábito, com potenciais benefícios para sua saúde a longo prazo”, acrescentou Kashi. (Com informações do jornal O Globo)

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