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Brasil Bolsonaro avalia recriar o Ministério da Segurança Pública

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No início de seu governo, em 2019, a pasta foi fundida com o Ministério da Justiça. Bolsonaro admitiu que a “bancada da segurança” reivindica a separação. (Foto: Divulgação)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou a possibilidade de divisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública em dois após a saída de Sérgio Moro, há duas semanas. Ele disse que já conversou com o novo chefe da Pasta e que André Mendonça concordou com a medida caso seja necessária. O presidente preferiu não prever prazo para isso acontecer.

“Pode acontecer. Não está prevista ainda, tem muita coisa pela frente, não vou entrar em embate de divisão agora”, disse ao chegar ao Palácio da Alvorada no fim da tarde. “Já conversei com André [Mendonça, ministro da Justiça], se tiver lá na frente, não digo pressão, mas uma necessidade, o que você acha? Ele disse que sem problema”, complementou.

Perguntado se o ex-deputado federal Alberto Fraga pode assumir a pasta da Segurança Pública em caso de divisão, Bolsonaro disse que sim.

“No futuro, quem sabe. É meu amigo desde 1982”, afirmou.

O Jornal O Globo revelou em dezembro passado que o presidente desejava recriar a pasta e entregar o ministério para Fraga. Bolsonaro negou na ocasião, mas em janeiro admitiu a ideia, o que provocou reação com Moro.

O presidente tinha admitido a possibilidade ao partir para uma viagem à Índia. Diante da repercussão negativa, descartou a divisão ao chegar naquele país. Segurança Pública foi uma das principais bandeiras de campanha de Bolsonaro. Durante a transição, ele resolveu fundir a Pasta ao Ministério da Justiça. Parte da base aliada dele, como bancada da bala no Congresso, pede o desmembramento.

Base no Congresso

A recriação do Ministério da Segurança Pública, pleito de aliados do presidente Jair Bolsonaro, pode entrar na plano do governo para ampliar a base de apoio no Congresso.

Bolsonaro, que avalia a recriação da pasta, quer atender um pedido realizado já no ano passado pela bancada da Segurança Pública, grupo no Congresso que tem mais de 200 parlamentares.

Em janeiro, em reunião com secretários estaduais da área de segurança, Bolsonaro prometeu avaliar a criação do novo ministério, mas recuou à época para manter o então titular da pasta Sérgio Moro.

Separadas até o final de 2018, as pastas da Justiça e Segurança Pública foram reunidas em um único ministério para dar mais poder ao ex-juiz, que chegou ao governo Bolsonaro com status de superministro.

Segundo relato feito ao blog da Ana Flor, do portal G1, por pessoas próximas ao presidente, a escolha de André Mendonça para comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública já foi feita pelo presidente a partir da ideia de divisão das áreas e teria sido explicitada pelo presidente ao ministro.

O governo trabalha para ampliar sua base no Congresso, o que já levou a recentes nomeações de indicados por partidos do chamado centrão.

Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem articulado uma aproximação com os partidos do bloco, que reúne parlamentares de legendas de centro e centro-direita.

O grupo é menos conhecido por suas bandeiras e mais pela característica de se aliar a governos diferentes, independentemente da ideologia, em troca de cargos.

A estratégia inicial do Palácio do Planalto era garantir a aprovação de medidas, principalmente na área econômica, após a crise do coronavírus.

No entanto, com a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas declarações do ex-ministro Sérgio Moro de que Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal, o governo quer agora garantir uma base aliada que possa barrar um eventual processo de impeachment.

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