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Saúde Bolsonaro defende a flexibilização do isolamento e usa fala da Organização Mundial da Saúde como referência

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Jair Bolsonaro reuniu o Conselho de Governo no Palácio da Alvorada. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Após a polêmica reunião ministerial do dia 22 de abril, divulgada por ordem judicial, o presidente Jair Bolsonaro realizou um novo encontro nesta terça-feira, no Palácio da Alvorada, para tentar melhorar a imagem e mostrar as ações do governo relacionadas ao novo coronavírus. Desta vez, no entanto, o encontro foi televisionado, transmitido ao vivo pela TV Brasil.

No início da reunião, o presidente citou a resposta de uma integrante da OMS (Organização Mundial da Saúde) que afirmou, na segunda-feira, que os pacientes assintomáticos do novo coronavírus não estão impulsionando a disseminação da Covid-19. Segundo ela, esses casos são raros.

Para Bolsonaro, que é abertamente contrário ao isolamento social, se o entendimento for comprovado poderá sinalizar uma “abertura mais rápida do comércio e a extinção de medidas restritivas”. O Brasil atualmente tem mais de 37 mil mortes e 700 mil casos da doença.

Esse pânico que foi pregado lá atrás por parte da grande mídia começa talvez a se dissipar levando em conta o que a OMS falou por parte do contágio dos assintomáticos”, declarou Bolsonaro. “O governo federal espera algo de concreto nas próximas horas, nos próximos dias, o que será muito bom para o Brasil e o mundo. A OMS falará com certeza sobre as suas posições adotadas nos últimos meses, o que levou a muita gente a segui-la de forma cega”, disse.

A chefe do programa de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Maria van Kerkhove, fez a declaração na segunda-feira durante pronunciamento no qual argumentava que a contenção da transmissão da Covid-19 pode ser mais rápida com a localização e o isolamento dos casos sintomáticos. Entretanto, ela ressaltou que há diferença entre assintomáticos (sem sintomas) e pré-sintomáticos, que são as pessoas que vão desenvolver algum sintoma da doença.

A explicação de Maria durante entrevista no começo da tarde foi alvo de críticas e dúvidas. Horas depois, em seu perfil no Twitter, ela reforçou que há diferença entre pacientes assintomáticos e pré-sintomáticos. Além disso ela recomendou a consulta ao guia da OMS publicado na sexta-feira, 5, que trata do uso de máscaras para a proteção.

No documento, a entidade diz que “estudos mais abrangentes sobre a transmissão de indivíduos assintomáticos são difíceis de conduzir”, mas cita um trabalho como exemplo. A pesquisa aponta que, entre 63 indivíduos assintomáticos estudados na China, havia evidências de que nove (14%) infectaram outra pessoa.

Ao analisar o tema, Maria citava países com grande capacidade de testagem e rastreio. “Temos alguns relatos de países que estão fazendo rastreio de contatos muito detalhados, estão seguindo casos assintomáticos, seguindo contatos e não estão encontrando transmissões secundárias. É muito raro”, disse van Kerkhove.

Em alguns casos, pontuou, quando uma segunda análise dos supostos casos assintomáticas é feita, descobre-se que os pacientes tiveram, na verdade, leves sintomas da infecção. “Estamos constantemente olhando para esses dados e tentando obter mais informações para de fato responder a essa pergunta, [mas] ainda parece ser raro que um indivíduo assintomático transmita a doença”, completou.

A especialista pediu que os países se concentrassem naqueles que têm os sinais da infecção para tentar fazer o controle do vírus. “Se de fato acompanhássemos todos os casos sintomáticos, isolássemos esses casos, rastreássemos os contatos e colocássemos esses contatos em quarentena, haveria uma drástica redução na transmissão. Se pudéssemos nos focar nisso, iríamos nos sair muito bem em termos de suprimir a transmissão”, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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