Segunda-feira, 14 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 11 de janeiro de 2022
"Agora, é isso aí, é ano eleitoral, pouquíssima coisa anda", declarou o presidente
Foto: Marcos Corrêa/PRO presidente Jair Bolsonaro disse que reformas propostas pelo governo que tramitam no Congresso Nacional não devem avançar em 2022. Ele afirmou que anos eleitorais são “difíceis” e que “não tem negociação”.
Em entrevista à Jovem Pan na segunda-feira (10), o presidente disse que “gostaria que a reforma administrativa” avançasse, mas, segundo ele, parlamentares não desejarão “pagar o preço” para votar temas polêmicos neste ano.
A reforma administrativa foi enviada ao Congresso em setembro de 2020 e tem como objetivo alterar as regras para os futuros servidores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, Estados e municípios. A proposta foi aprovada por uma comissão especial da Câmara dos Deputados em setembro de 2020, mas ainda não foi enviada ao plenário da Casa.
“A gente gostaria que a reforma administrativa avançasse, por exemplo, mas eu tenho sete mandatos de deputado federal e nesses anos onde existem as eleições para presidente, para senadores, para deputados também são anos difíceis, não tem negociação”, disse Bolsonaro.
“O parlamentar, no final das contas, ele vê onde é que ele vai pagar um preço com aquele voto, contrário ou favorável a tal proposta. Então, muito difícil que qualquer proposta siga dentro do Parlamento que possa despertar qualquer sentimento outro junto ao eleitorado brasileiro”, afirmou o presidente.
Outra reforma estruturante que tramita no Congresso Nacional é a tributária. Enviada pelo governo ao Legislativo em 2020, a proposta foi fatiada em diferentes projetos. Ela propõe uma série de mudanças, incluindo alterações nas regras do Imposto de Renda e em tributações referentes ao consumo (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS).
“Agora, é isso aí, é ano eleitoral, pouquíssima coisa anda. A gente espera que o que esteja no Parlamento no momento, já tenha sido aprovado em uma das duas Casas, prossiga. Novas propostas eu acho muito difícil. Agora, a economia eu acho que vai, podia ir melhor com algumas reformas, mas eu acho que terminaremos o corrente ano com números positivos para o nosso PIB”, disse Bolsonaro.