Quarta-feira, 09 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 17 de dezembro de 2021
O presidente Jair Bolsonaro esteve no posto médico do Palácio do Planalto na manhã desta sexta-feira (17) por cerca de uma hora. Foi a terceira vez em 12 dias que ele foi ao local. O jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, informou em seu blog que uma dor de dente levou o presidente ao posto médico nesta sexta.
A primeira-dama Michelle Bolsonaro também afirmou nesta sexta-feira que Bolsonaro foi ao posto médico para realizar um tratamento dentário. “Coitado, não pode nem fazer um tratamento dentário em paz”, escreveu Michelle em seu Instagram, ao compartilhar notícia da ida de Bolsonaro ao posto médico.
No dia 10, Bolsonaro ficou por volta de 2h no posto. Na última quarta-feira ele voltou por cerca de meia-hora. Nas três oportunidades a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) não respondeu às solicitações de informações.
O presidente já esteve outras vezes no posto médico, que fica em um dos anexos do Planalto, geralmente para fazer exames. Ministros também frequentam o local.
Em julho, Bolsonaro foi internado no Hospital das Forças Armadas (HFA), e depois transferido para São Paulo, para tratar uma obstrução intestinal.
Desde que levou uma facada durante ato de campanha em 2018, o presidente passou por seis cirurgias, embora nem todas relacionadas ao atentado. As cirurgias na região abdominal acabam aumentando as possibilidades de eventos de aderência do órgão e também obstruções. Os sintomas incluem soluço, inchaço abdominal e dores. Antes da internação, em julho, o presidente vinha reclamando do incômodo e chegou a comentar sobre os soluços durante uma live.
Nesta sexta, Bolsonaro participou remotamente da cúpula do Mercosul. O evento aconteceria em Brasília, mas o formato presencial foi cancelado pelo próprio governo brasileiro, que não explicou o motivo da alteração.
Bolsonaro defendeu o combate rápido à inflação que atinge diversos países. No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, foi de 0,95%, em novembro, e já acumula 9,26% no ano e 10,74% em 12 meses (maior acúmulo desde novembro de 2003).
Para Bolsonaro, as pressões inflacionárias são resultado “das restrições internacionais e medidas restritivas internas decorrentes da pandemia e da escassez de oferta na economia mundial”. “Combater a inflação é tarefa que tem envolvido várias ferramentas de política econômica e que deve ser cumprida rapidamente. Precisamos proteger a capacidade de consumo, especialmente dos setores de mais baixa renda, o mais afetado pela pandemia”, disse, durante a 59ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados.
A reunião desta sexta-feira encerrou a presidência pro tempore do Brasil, que comandou o bloco no segundo semestre de 2021, ano em que o bloco completou 30 anos. No primeiro semestre de 2022, a presidência será do Paraguai. O grupo é composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e outros países associados.
Durante o encontro, que aconteceu por videoconferência, o presidente Bolsonaro lamentou que as negociações de revisão da Tarifa Externa Comum (TEC) não avançaram. Segundo o Ministério da Economia, a TEC média do Mercosul está em torno de 13%, contra a média de 4% e 5% observada no resto do mundo. Para o governo brasileiro, a redução da tarifa é essencial para a modernização do Mercosul.
A TEC funciona como um imposto de importação uniformizado entre os membros do Mercosul, cobrado para produtos de fora do bloco, e visa estimular a competitividade entre os países do bloco. Esse mecanismo evita que um produto entre por um país pagando imposto menor e seja enviado a outro país dentro do mesmo bloco econômico sem tarifa.
“Lamentamos que não tenhamos podido lograr acordo sobre esse tema neste semestre, a despeito dos esforços realizados pelo Brasil e de nossa disposição em aceitar redução inferior àquela que planejávamos inicialmente. Seguimos acreditando que essa redução beneficiará nossos setores privados e nossos cidadãos, e por essa razão o tema seguirá sendo prioritário em nossa agenda”, disse. As informações são dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo e da Agência Brasil.