Quinta-feira, 16 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 9 de agosto de 2016
A esgrima está em evidência nestes Jogos Olímpicos do Rio. A responsável pela projeção do esporte é Amanda Simeão. A atleta de 22 anos recusou um convite para fazer um ensaio para a Playboy, a revista masculina mais conhecida do mundo.
Amanda não é uma atleta qualquer. No começo do ano, brigou para ter direito a competir nos Jogos e conseguiu provar a ilegalidade da naturalização de uma esgrimista húngara que tentava atuar pelo Brasil.
A brasileira, que estreou no último sábado, mas acabou sendo eliminada da competição individual da Rio-2016, atuará de novo no torneio por equipes. Livre de responsabilidade, Amanda quer ganhar experiência. E a exposição não é um problema para ela.
Playboy.
A atleta recebeu uma proposta da Playboy para mostrar as curvas de seu corpo. Recusou estampar nua as páginas da revista masculina, mas a negociação continuou. Ela diz ter estabelecido outras condições: divulgar o seu esporte e sua carreira. Com o intermédio da mãe, chegou a um acordo com a publicação e estrelaria um ensaio sensual, sem exibir suas partes íntimas. Uma máscara, daquelas usadas pelas esgrimistas, cobriria algumas partes de seu corpo.
Mas os planos foram cancelados após o veto do Exército. Assim como outros 144 atletas que representam o Brasil na Olimpíada, Amanda é 3 Sargento do Exército e participa de um programa de alto rendimento liderado pelo Ministério da Defesa.
“Não quero me prejudicar com eles e não quero prejudicar a imagem do Exército, se fosse uma outra revista acredito que não teria problema, mas a Playboy tem um nome muito forte. Entendi o ponto de vista deles, não tive problemas”, esclarece.
Beleza.
A beleza é usada como trunfo pela esgrimista. Vaidosa, não sai de casa e muito menos se deixa fotografar sem maquiagem. “Sabe aquela foto do Ronaldo antes e depois [de engordar]? Não dá”, brinca, referindo-se ao pentacampeão mundial.
Amanda se descreve como uma jovem “super normal”, mas reconhece que chama a atenção por onde passa e vê a chance de desestabilizar as adversárias com essa aura de musa da Olimpíada. “Não é uma coisa que me incomoda, mas incomoda os outros, tira o foco das outras pessoas. Eu sou baixinha [1,66 metro], não sou magra [62 quilos], meu cabelo não é loiro, não tenho olhos azuis. Minhas adversárias que ficam prestando atenção e se perguntando: ‘O que ela tem?’”, comenta.