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Saúde Cansaço ou burnout? Saiba diferenciar um do outro e quando é hora de buscar ajuda

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O burnout é definido como uma doença ocupacional que se manifesta na queda da energia e da eficácia. (Foto: Pexels)

Classificada como uma doença do trabalho em janeiro deste ano pela Organização Mundial de Saúde sob a CID 11, a síndrome do burnout tem tido um aumento no número de casos ao redor do mundo nos últimos anos, em especial depois da pandemia. A tradução para o termo é “Síndrome do Esgotamento Profissional” e já atinge 32% dos 100 milhões de trabalhadores no Brasil, de acordo com levantamentos da ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil) em 2019.

A psicóloga Eymi Rocha, que trabalha com pacientes que sofrem com a síndrome, explica que as sintomas associados à doença são baixa motivação, distúrbios do sono, a autoestima rebaixada, incapacidade de relaxar, isolamento, faltas e atrasos no trabalho, além do desejo de “jogar tudo para o ar”.

“O burnout é uma síndrome de exaustão emocional, a sensação de esgotamento, de não ter mais forças para desempenhar um determinado trabalho, mas mesmo assim ter que continuar. Essa é a peculiaridade da doença, porque a pessoa continua exposta ao ambiente que pode originar a síndrome, seja por questões sociais ou financeiras”, detalha a psicóloga.

Cansaço ou burnout?

É difícil diferenciar o que é o cansaço normal de uma semana especialmente estressante no trabalho da síndrome de burnout, mas a especialista dá algumas dicas para reconhecer.

“O antônimo do cansaço é o descanso. Se a pessoa consegue repor as energias no fim de semana ou quando tira férias, aproveitar outras oportunidades para “colocar a mente lugar”, então não é burnout. A síndrome é um processo de adoecimento, então não é com poucos dias que é possível sair dela com facilidade”, avalia.

Os sintomas também podem aparecer de maneira física, quando um funcionário enfrenta muitas questões médicas ou apresenta constantes atestados de saúde (como dor de cabeça ou no corpo, por exemplo). A psicóloga também ressalta a necessidade de um ambiente de trabalho que preze pela saúde mental dos funcionários para que novos casos não surjam e que os trabalhadores já diagnosticados com a síndrome possam ter condições de lidar com ela.

“A imunidade fica comprometida, porque um alto nível de estresse aumenta o nível de cortisol no corpo, e essas manifestações físicas aparecem. Se um superior está atento, se é uma empresa com uma liderança engajada em questões de saúde mental, pode acabar percebendo que o funcionário está com burnout antes mesmo da pessoa, observando também questões como a motivação para desenvolver seus projetos”, analisa Eymi.

Tratamento

Quando um paciente apresenta os sintomas expostos pela psicóloga, é hora de procurar uma ajuda especializada.

“O primeiro tratamento que deve ser buscado é a terapia, e pode ser também que haja necessidade de tratamento medicamentoso, que deve ser indicado por um psiquiatra. Mas o principal é rever as relações e o ambiente de trabalho, já que é uma síndrome relacionada a um estresse por fenômeno ocupacional. Há muitos sintomas que, isoladamente, não parecem graves, e o conjunto deles pode fazer parte de um diagnóstico de depressão, por exemplo. Outras áreas da vida podem promover angústia, mas, se o estresse mais evidente no ambiente do trabalho, então é um caso de burnout.”

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