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Geral Com a participação direta de cientistas brasileiros, uma missão da Agência Espacial Europeia vai vasculhar o espaço para descobrir planetas habitáveis em outros sistemas solares

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O estudo ajuda a redefinir a compreensão sobre se um planeta poderia ser habitável. (Foto: Reprodução)

Com a participação direta de cientistas brasileiros, uma missão da ESA (Agência Espacial Europeia, na sigla em inglês) vasculhará o espaço em escala sem precedentes, com o objetivo de descobrir planetas habitáveis em outros sistemas solares. Oficializada no fim do mês passado, a missão intitulada “Plato – Trânsitos Planetários e Oscilações das Estrelas” agora tem o seu financiamento garantido para que seja lançada em 2025. O custo é orçado em 600 milhões de dólares, o equivalente a 2,27 bilhões de reais.

Assim como outros telescópios caçadores de exoplanetas – como são chamados os planetas fora do Sistema Solar, a estação da Plato ficará em órbita em torno da Terra, enquanto observa o céu. Mas o conceito é inovador: o satélite terá 26 telescópios montados em uma só plataforma, o que eleva sua capacidade para rastrear estrelas e exoplanetas.

De acordo com o astrofísico José Dias do Nascimento, envolvido no projeto, a Plato deve levar para outro patamar a descoberta de exoplanetas, em comparação às principais missões com essa meta: o satélite francês Corot, que atuou entre 2006 e 2012, e o telescópio espacial Kepler, da Nasa (a Agência Espacial Norte-Americana), lançado em 2009.

“A diferença é que agora a inovação é grande. O Corot observou aproximadamente 250 mil estrelas em seis anos e o Kepler chegou a observar 450 mil. Já o Plato, com vários telescópios voltados para o céu simultaneamente, observará quantidade de estrelas na ordem de milhões”, disse Nascimento, que é professor da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e pesquisador da Universidade Harvard (EUA).

Ainda conforme o astrofísico, o que torna a Plato especial é a tecnologia das câmeras dos telescópios e os avanços científicos feitos a partir do legado do Corot e do Kepler. “O CCD é a parte do telescópio que faz a detecção e o do Plato é o mais potente construído, capaz de observar uma porção do céu muito maior em uma só exposição. Por outro lado, missões anteriores nos mostraram que as estrelas, por seu intenso magnetismo, têm ruídos intrínsecos que prejudicaram os resultados obtidos pelos telescópios. Agora, sabemos como filtrar isso.”

A Plato terá 24 câmeras que serão acionadas a cada 25 segundos e duas rápidas acionadas a cada 2,5 segundos. Cada uma terá 4 CCDs com 4.510 x 4.510 pixels. Em comparação, o Kepler tem 21 CCDs com 2.200 x 1.024 pixels cada.

Para o professor, a Plato põe a Europa de novo na vanguarda da busca por exoplanetas. “Há uma competição internacional para ver quem vai observar os exoplanetas mais parecidos com a Terra, para que se possa chegar à detecção de vida. Por isso, a missão é procurar planetas que tenham idade próxima à da Terra e não só aqueles estejam na zona habitável – isto é, cujas características permitam a existência de água líquida na superfície, condição indispensável à vida.”

Brasil no espaço

Além de Nascimento, diversos cientistas brasileiros estão formalmente ligados à missão Plato e coordenarão equipes no projeto, como Adriana Valio, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Eduardo Janot Pacheco e Jorge Meléndez, ambos da Universidade de São Paulo (USP). “O projeto é da ESA e o financiamento é 100% europeu, mas o Brasil entrou pela qualificação científica de seus pesquisadores, que foram convidados por sua liderança historicamente reconhecida em determinadas áreas da astronomia”, disse Nascimento.

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